A projeção de inflação caiu pela sexta semana seguida na expectativa de uma centena de consultores e instituições financeiras pesquisados pelo Banco Central todas as sextas-feiras sobre as tendências dos principais indicadores da economia. A média das expectativas de inflação para o ano, que era de 6,16% na semana passada, agora prevê IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 6,05%. A meta do governo para a inflação de 2005 é de 5,1%.

A estimativa para a inflação em junho caiu de 0,30% para 0,17%, e manteve-se alta para julho, com redução de 0,55% para 0,54%. Mas cedeu significativamente na projeção para os próximos 12 meses: de 5,07% para 4,96%. Todos os indicadores de inflação estão em queda; inclusive no que se refere a preços administrados por contratos ou monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, água, educação, medicamentos, transporte urbano e outros), cuja estimativa de reajustes acumulados caiu de 7,60% para 7,50% neste ano, e cedeu de 6% para 5,70% em 2006.

Os preços no varejo também tiveram queda acentuada na capital paulista, onde o Índice de Preços ao Consumidor, medido pela IPC-Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômica) da USP (Universidade de São Paulo) projeta inflação de 5,84%, e não mais os 6% calculados na pesquisa anterior. Se depender dos preços no atacado, a tendência é a inflação ao consumidor cair mais ainda, pois os preços na indústria estão em queda há oito semanas.

O IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) previa inflação de 6,30% há quatro semanas e hoje projeta 5,09%, enquanto o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) baixou de 6,44% para 5,15% no mesmo período.