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Pesquisa de neurocientista comprova que o amor é cego

05 de julho de 2011 - 10:44

O amor tem sido objeto de discussões filosóficas, inspiração para poetas e músicos. Platão, filósofo grego, entende o amor como uma poderosa reação à beleza e ao mérito, ligada à veneração e ao temor. Em música, o amor foi descrito em versos por Vinícius de Moraes e interpretado em música.

\"E cada verso meu será pra ti dizer que eu sei que vou te amar por toda a minha vida...\"

Compreender esse sentimento é um desafio que pode estar longe de uma solução definitiva. Mas o médico e neurocientista, Roberto Lent acredita estar no caminho. Recentemente, ele lançou o livro \"Sobre Neurônios, Cérebros e Pessoas\", onde divulga uma série de estudos e experimentos que tentam explicar como o amor funciona no organismo. Segundo ele, existem três tipos desse sentimento: o reprodutivo, que visa preservar a espécie, o fraternal, que auxilia na organização, e o paternal e maternal, que busca a proteção dos filhos. Para iniciar uma relação amorosa, os indivíduos precisam de alguma maneira se sentirem atraídos. Essa atração vem da liberação de cheiros, ou até de ouvir ou ver a pessoa. E a máxima de que o amor é cego? O neurocientista Roberto Lent explica.


\"Porque quando você faz o experimento de registrar as áreas que ficam ativas numa situação de amor você identifica regiões que são ativadas e outras que ficam desativadas, que são as da razão. São as chamadas regiões do lobo frontal que te fazem pesar as circunstâncias. Então quando se diz que o amor é cego, é que, como você desativa essas áreas do controle racional, você faz umas loucuras.\"

Roberto Lent explica ainda que quando esse amor não é correspondido ou o outro falha de alguma maneira, as áreas da razão voltam a ser ativadas e o individuo consegue definir se ainda quer ou não essa relação.

\"A dopamina é uma substância química que faz a transmissão da informação nos circuitos chamados do sistema de recompensa que são aqueles que nos produzem prazer. Então quando você tem a sensação de prazer, de uma emoção positiva, você libera mais dopamina nessas regiões. O resultado é que você sente sentimentos subjetivos de prazer e muda o seu comportamento.\"

Mesmo com todas as descobertas, o neurocientista afirma que ainda está longe de ser criada a pílula do amor.

Reportagem, Vanessa Silvestre


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