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Pesquisa consegue curar fraturas mais rápido com células-tronco

EPharma Notícias - 16 de abril de 2016 - 16:00

Um estudo do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) divulgado nesta quinta-feira mostra um método de redução de tempo de recuperação de fraturas com o uso de células-tronco do próprio corpo. Os avanços conseguidos podem reduzir o número de faturas não se curam, o que seria 20% dos casos de todas as fraturas, segundo dados do instituto.

Cerca de 15% das cirurgias realizadas no Into são de emergência por fraturas, com casos tão graves que não basta recolocar o osso quebrado no lugar. "A motivação para investigar esses casos teve base na quantidade de fraturas que tratávamos e simplesmente não cicatrizavam. Por que, afinal? Como a gente poderia resolver?", conta o cirurgião Leonardo Rocha, chefe de Trauma Adulto e Idoso do instituto.

A pesquisa, com 13 pacientes, resultou em uma técnica capaz de deslocar o dobro de células-tronco normalmente produzidas pelo corpo para o foco das fraturas, forçando uma melhor cicatrização do ossos. O método usa um instrumento chamado fresa óssea, normalmente utilizado para alargar o osso quando é necessário implantar próteses.

Todos os pacientes em testes no Into regeneraram os ossos. O tempo médio de recuperação caiu de 4 a 6 meses para até 2 meses. O objetivo dos pesquisadores agora é de que a técnica inovadora possa ser utilizada em larga escala no Into.

"É preciso extrapolar as técnicas usuais de tratamento porque, muitas vezes, elas não se mostram eficazes e rápidas o suficiente para atenuar o sofrimento dos pacientes" diz o diretor do Into e um dos autores da pesquisa, João Matheus Guimarães. Os resultados do trabalho já beneficiaram pacientes como a cabeleireira Joyce Cipriano da Silva, 18 anos, que ficou impressionada com a rapidez da recuperação: "Um mês depois de quebrar o fêmur, eu já estava sã e caminhando".

A equipe de pesquisadores, coordenada por Guimarães, e pela coordenadora das pesquisas de pós-graduação, Maria Eugênia Duarte, foi convidada a apresentar o trabalho inédito no Congresso Americano de Ortopedia, na Flórida, nos Estados Unidos, no ano que vem.

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