Pesquisa divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou queda na confiança dos industriais, tendo se reduzido "fortemente em abril". O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) caiu 9,1 pontos em relação ao índice de janeiro. O Icei de abril foi de 55,8 pontos contra 64,9 pontos registrados no último levantamento. Isso ocorreu tanto entre os industriais de pequenas e médias como de grandes empresas.

De acordo com a pesquisa, isso indica uma perda adicional da intensidade do ritmo da atividade industrial nos próximos meses. A causa se deve à redução nos índices das condições de negócios. Conforme a pesquisa, "para os empresários de uma forma geral, a situação atual da economia brasileira e da própria empresa piorou com relação à vigente nos últimos seis meses".

O indicador da economia nacional recuou de 62,7 pontos em janeiro para 45,9 pontos (uma queda de 16,8 pontos). Já o indicador relativo à própria empresa, após se manter praticamente constante na última pesquisa, recuou para 48,3 pontos contra 59,1 pontos em janeiro. Segundo a pesquisa, no entanto, apenas os empresários de pequenas e médias empresas registraram piora de seu empreendimento nos últimos seis meses.

"Para esse porte de empresas, o indicador situou-se abaixo da linha divisória dos 50 pontos: 46,9 pontos. No caso dos executivos das grandes empresas, a situação atual manteve-se estável com relação aos últimos seis meses (indicador de 50,1 pontos)".

O otimismo em relação aos próximos seis meses também se reduziu, conforme aponta o índice de expectativa para a indústria, que caiu de 67,9 para 60,6 pontos. De acordo com o levantamento, os indicadores das expectativas dos empresários ainda indicam confiança, mas "refletem, provavelmente, o aumento das incertezas com relação aos efeitos da política monetária sobre a atividade e a valorização do real".

A pesquisa sobre o Icei da CNI é uma publicação trimestral, elaborada a partir dos resultados da Sondagem Industrial. A sondagem é preparada a cada três meses pela Unidade de Política Econômica da entidade, com a participação das Federações da Indústria de 21 estados. O índice se baseia em seis questões referentes às condições atuais e às expectativas para os próximos seis meses com relação à economia, ao setor de atividade e à própria empresa.