Pblicados na edição de novembro do Breast Journal, os resultados sugerem que a drenagem não deve ser interrompida antes que a taxa de fluxo em 48 horas seja identificada e que a taxa de drenagem diária seja menor que o limite aceitável.



Com o objetivo de determinar os efeitos das variáveis demográficas, clínicas e terapêuticas no desenvolvimento de seromas, Haluk Recai Unalp e colegas investigaram 119 pacientes, com média de idade de 53,3 anos, que foram submetidas a cirurgias de câncer mama entre os anos de 2000 e 2005. O trabalho resultou no artigo publicado na edição de novembro/dezembro do Breast Journal.



De acordo com o artigo, os autores analisaram a relação entre o desenvolvimento de seromas e idade, preferência por cirurgia, tamanho do tumor, existência de lifonodos axilares e metástases linfonodais, número de linfonodos removidos, tipo de equipamentos cirúrgicos utilizados, duração da drenagem, taxa de fluxo drenado, se a quimioterapia neoadjuvante foi recebida ou não, se o volume de mortes foi reduzido ou se malha compressiva foi usada nos pacientes.



O estudo identificou que 17 (14,28%) participantes apresentaram seromas. Além disso, na análise de regressão logística multivariada, os autores perceberam uma associação entre a formação de seroma no pós-operatório e a taxa de taxa de drenagem de fluxo maior que 50 ml/dia após 48 horas de cirurgia de mama (p = 0,007). No entanto, segundo a publicação, outras variáveis investigadas não foram associadas com desenvolvimento de seromas.



Desta forma, os autores concluem que "uma taxa de fluxo de drenagem maior que 50 ml/dia após 48 horas é um fator preditivo para formação de seroma em pacientes com câncer de mama". No artigo, eles recomendam ainda, não interromper a drenagem antes que a taxa de fluxo em 48 horas seja identificada e que a taxa de drenagem diária seja menor que o limite aceitável.



Agência Notisa (jornalismo científico - science journalism)