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Peritos da PF esperam o computador da Caixa

Alessandra Bastos/ABr - 24 de março de 2006 - 22:15

Os peritos da Polícia Federal estarão de plantão na noite de hoje, no Instituto Nacional de Criminalística (INC), a fim de receber o computador da Caixa Econômica Federal utilizado para tirar o extrato bancário do caseiro Francenildo Santos Costa.

Depois de afirmar que a máquina não estava mais em Brasília, a Caixa informou à PF que a entregaria ainda hoje. A Polícia Federal, no entanto, não está autorizada a apreender o computador, embora tenha feito o pedido à Justiça há dois dias.

Em nota divulgada no início da noite, a Caixa informa que o acesso à conta do cliente "foi um ato isolado, acontecendo fora de suas agências". E que foi colocado um técnico "à disposição para informar e esclarecer aos peritos da Polícia Federal e à autoridade responsável os procedimentos adotados para a identificação dos envolvidos".

O nome dos funcionários identificados como responsáveis pela retirada dos extratos não foi divulgado pela Polícia Federal, para preservar o direito à privacidade. Um deles havia sido intimado para depor hoje, mas não houve depoimento, e outro não foi encontrado para a entrega da intimação.

Hoje, a Polícia Federal informou que não pediu a quebra de sigilo bancário do suposto pai do caseiro, o empresário Eurípedes Soares da Silva, dono de uma empresa de transporte urbano em Teresina (PI). O empresário confirmou que fez depósitos na conta de Francenildo o que, em tese, explica a origem do dinheiro.

De acordo com o advogado do caseiro, Wlício do Nascimento, o extrato da conta de Francenildo foi retirado na noite do dia 16, quando o caseiro estava na sede da Polícia Federal fazendo a inscrição no programa de proteção a testemunhas. Nascimento disse que, na ocasião, o caseiro entregou o cartão bancário à Polícia Federal, embora não tenha informado a senha e o código de letras necessário para acesso à conta.

Em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, na semana passada – suspenso antes da conclusão por liminar do Supremo Tribunal Federal –, Francenildo confirmou o que havia dito em reportagem: que viu o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, "dez ou 20 vezes", na casa alugada em Brasília por Vladimir Poleto. Investigado por tráfico de influência no governo, Poleto foi assessor de Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto (SP).

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