Longos períodos de carência de alimentos levam os países a criarem hábitos alimentares no mínimo extravagantes. Hoje, até abastados chineses se deliciam com alimentos como cigarras ou escorpiões, desde que convenientemente preparados.

Um relatório do Fundo para Agricultura e Alimentos das Nações Unidas (FAO) confirma agora que insetos comestíveis, como alguns tipos de lagartas e larvas, fazem parte da alimentação diária e são importante fonte de proteína para os povos da África Central.

"Ao contrário do que se poderia pensar, em muitas regiões as lagartas não são um alimento que se come em situações de emergência, e sim, parte integral da alimentação cotidiana. São consideradas uma iguaria", diz o pesquisador Paul Vantomme, da FAO.

Segundo estudo dessa agência das Nações Unidas, cerca de 85% dos entrevistados na República Centro-Africana afirmaram comer lagartas. Na República Democrática do Congo, o número cai para 70%, e em Botsuana, sobe para 91%.