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Perícia reforça tese sobre de suicídio de Neide Mota

Ângela Kempfer e Adriany Vital, Campo Grande News - 01 de dezembro de 2009 - 11:31

Laudo preliminar da perícia feita no corpo da ex-médica Neide Mota Machado reforça a teve de suicídio. Os legistas detectaram marca de agulha no braço esquerdo de Neide, na curvatura do antebraço.

Como a ex-médica é destra, as condições do corpo levam a crer que ela mesmo aplicou substância encontrada em uma seringa que estava na mão de Neide, encontrada morta no domingo, na Chácara dos Poderes.

Dentro do carro onde ela morreu, estavam duas seringas de 10 ml cada, além de dois frascos com lidocaína, um deles aberto. Em uma das seringas, ainda havia 2 ml do medicamento.

O produto é usado como anestésico local para procedimentos simples como os odontológicos.

Existe a suspeita de que a ex-médica tenha trocado a substância dos frascos, substituindo a lidocaína por outro medicamento que provocou parada cardíaca. A confirmação só virá depois de analise da mostra do líquido, coletada no dia da morte.

Anestesistas consultados pelo Campo Grande News, mesma especialidade de Neide Mota, dizem que não há lógica em suicídio com lidocaína, que só mata em doses muito altas.

A perícia também constatou que não havia qualquer sinal de agressão física, nem convulsão, um dos sintomas da injeção de lidocaína no organismo.

Também reforçam a tese de suicídio alguns detalhes contados pela família. A irmã disse que Neide havia comprado um vestido azul, na véspera da morte, mesma roupa que foi sepultada na manhã de hoje, em Campo Grande. Amigos suspeitam que a escolha do vestido e da cor tenham sido para o enterro.

Porém, o que é fato é o acerto na semana passada da cerimônia de cremação em São Paulo. A própria Neide registrou em cartório a vontade de ser cremada após a morte, segundo informa a família em pedido de liberação do corpo feito à Justiça.

Apesar da vontade da ex-médica, a solicitação foi negada porque a Justiça negou a liberação por considerar a possível necessidade de exumação do corpo, caso fiquem dúvidas sobre o que provocou a morte depois do laudo final, que deve ficar pronto em duas semanas.


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