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Perícia analisará tecidos de Samila; legista fala do caso

Amostras foram recolhidas e encaminhadas para Campo Grande. Hospital diz que dose estava dentro do recomendado e lamenta o ocorrido.

G1 - 29 de agosto de 2014 - 13:28

Amostras de tecidos de órgãos da menina Samilla Barbosa de Oliveira, de 5 anos, morta após receber medicação venosa, foram encaminhadas nesta quinta-feira (28) para análise no Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF), em Campo Grande. O caso aconteceu no último sábado na Santa Casa de Cassilândia, a 437 km da capital sul-mato-grossense.

O hospital encaminhou nota lamentando o ocorrido. Segundo a unidade, os medicamentos utilizados são de uso rotineiro pelos hospitais e a dose administrada estava dentro da recomendada em função do quadro clínico da paciente. Os frascos foram entregues à polícia. As demais unidades do mesmo lote foram usadas no fim de semana. A administração da Santa Casa abriu procedimento para apurar o ocorrido.

Fragmentos foram retirados durante necropsia realizada no dia da morte, conforme informado pelo perito médico legista Pedro Eurico Salgueiro, coordenador da Unidade Regional de Perícia e Identificação, de Paranaíba, responsável por atendimentos a Cassilândia.

Segundo ele, o exame a ser feito nas vísceras é o anatómo patológico. "Vai mostrar o que aconteceu com os órgãos da menina", explica. Ele diz que o resultado das análises, o exame necroscópico e as informações clínicas sobre a criança vão determinar a causa da morte, que será divulgada em laudo oficial.
Conforme o perito legista, o documento tem 10 dias para ficar pronto. Em caso de necessidade, este prazo pode ser prorrogado por até 30 dias.

O caso é investigado pela Polícia Civil como morte a esclarecer. O delegado responsável pelas investigações, Alexandro Mendes de Araújo, explicou ao G1 nesta quinta-feira que intimou o hospital a fornecer a relação dos funcionários que estavam de plantão nos dois dias que Samilla ficou na unidade de saúde. Eles, familiares e testemunhas serão chamados para depoimentos.

Questionamentos

A mãe da criança, a esteticista Alessandra Barbosa da Silva, de 35 anos, disse ao G1 que a filha reclamou de dor de garganta na quinta-feira (21) e tomou remédios em casa. No dia seguinda, vomitou, sentiu dores no abdômen, dificuldade de respiração e foi levada para o hospital. Foi atendida pelo médico plantonista e os exames, conforme Alessandra, indicaram alteração e irritação na garganta.

No sábado, ainda na unidade de saúde, a menina foi atendida por pediatra, que receitou o antibiótico. Segundo Alessandra, a filha não tinha febre e, antes de passar pelo especialista, comeu bolachas, pão de queijo, tomou chá de canela e pediu para não ficar internada.

Na versão da esteticista, ao receber o medicamento na veia, Samilla gritou de dor, ficou amarela e foi levada para o setor de urgência. Houve tentativa de reanimação, mas ela não reagiu.

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