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"Peneira" de Vôlei aprova atleta de Cassilândia

15 de dezembro de 2006 - 15:24

Osasco (SP) - O Ginásio Professor José Liberatti, em Osasco, recebeu neste domingo 359 meninas com idades entre 10 e 16 anos na tradicional peneira do vôlei do Finasa. No total, sete Estados do país - Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo - tiveram representantes na seletiva do clube que já revelou em suas categorias de base talentos como Paula Pequeno, Mari, Danielle Lins e Adenízia.

Do total de inscritas, 54 estão na segunda fase, que será realizada nos próximos dias quando passarão por avaliações médicas, psicológicas e darão continuidade ao treinamento técnico. Nesta primeira etapa foram aprovadas 24 atletas iniciantes, nove pré-mirins, nove mirins, seis infantis e outras seis infanto-juvenis, onde se destacou Renata Soares do Santos, que veio de Cassilândia, em Mato Grosso do Sul, para fazer a peneira.

Acompanhada da mãe e da tia, ela viajou 12 horas para tentar uma vaga no Finasa. “O teste foi bom, com um grupo forte e achei até que mais meninas fossem passar. Vou tentar ficar mais calma nas próximas etapas, porque estava muito nervosa. Quero muito entrar para o Finasa”, contou a menina de 15 anos, que ainda ganhou a chance de conhecer ídolos como a levantadora Fernandinha e a ponteira Natália.

Quem não teve a mesma sorte de Renata foi Jessika Alves Lima, que estava no mesmo grupo, mas não foi aprovada. Ela viajou deste Jataí, em Goiás, e mesmo com o resultado do teste promete não desistir do sonho de ser atleta profissional. “Desta vez não deu certo, mas não vou parar não. Até passei na seleção goianiense, mas que queria mesmo era jogar aqui”, diz a jovem.

Histórias como as de Renata e Jessika se multiplicam entre as centenas de meninas que aguardaram pacientemente na arquibancada uma chance. Uma delas era a pequena Camila dos Reis, de 13 anos. Aprovada no mirim, ela estava ansiosa pelo resultado da irmã e de mais duas amigas que tinham vindo com ela de São Carlos, no interior de São Paulo. Das quatro, apenas ela foi à segunda fase, e ainda ganhou o carinho da central Valeskinha, uma das atletas do time adulto que estiveram no Liberatti.

Sem ter passado pela mesma pressão da peneira, as medalhistas olímpicas Elisangela e Raquel contam que foram direto da escolhina para os clubes. “Quando entrei no Liberatti fiquei olhando e pensando que este poderia ser o dia da vida delas, todas esperando por uma oportunidade. O Brasil tem muito talento, muito material humano, mas acho que faltam recursos. Peneiras como esta do Finasa deviam servir de exemplo”, comenta Raquel.

Para Elisangela, mais que criar atletas, projetos como o do Finasa ajudam também a formar cidadãs. “A base que o esporte dá, aprendendo a ter disciplina, o trabalho em grupo, isso é o mais importante, mais do que formar grandes jogadoras. Além disso, ver estas meninas querendo entrar para o esporte que a gente faz, do qual a gente vive, que mexe com tanta gente, é muito gratificante”, diz Elisangela.

E se alguém sabia o que as jovens na quadra estavam sentindo era a levantadora Betina, que passou por uma peneira no clube onde começou a jogar, em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. “Não tinha essa avaliação toda daqui, mas o nervosismo deve ser o mesmo. Aqui no Finasa é uma coisa de outro mundo, a melhor estrutura que já encontrei, e pelo que vi tem algumas meninas que têm futuro no esporte”, avalia a jogadora, que mesmo sendo infanto já fez parte do elenco Campeão Paulista de 2006.

Para Irma Conrado, coordenadora das categorias de base do clube e treinadora do time juvenil, o trabalho desenvolvido no clube e o sucesso do time adulto explicam a grande procura de meninas pelo Finasa. “Todas as jovens vêm em busca de um sonho, mas o grau de exigência aqui é muito grande. Infelizmente a gente não consegue aproveitar todas, mas incentiva para que procurem outras entidades e permaneçam no esporte”, explica Irma, já pensando nas próximas etapas da seletiva.

As garotas aprovadas vão passar por mais três dias de testes para avaliações táticas e físicas. Nesse caso específico, as atletas aprovadas receberão da Associação Desportista Classista Finasa alojamento e alimentação sem ônus para a jogadora e o acompanhante.



www.finasaesportes.com.br

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