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Pecuaristas mobilizados para vacinação no Pará
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Carlos Xavier, convocou hoje (13/08) os pecuaristas dos 15 municípios do arquipélago do Marajó a vacinar seus rebanhos contra febre aftosa a partir deste domingo (15/08), quando começa a campanha de imunização na região. A erradicação da doença é fundamental para o crescimento da economia paraense e a manutenção de 400 mil empregos diretos, afirmou ele, por telefone. A pecuária responde por 50% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado.
O arquipélago do Marajó integra, junto com a região do Baixo Amazonas, a zona de alto risco de aftosa do estado. Os municípios da região têm cerca de 800 mil bovinos e bubalinos, o que representa cerca de 5% de um rebanho superior a 15,5 milhões de cabeças do Pará. A campanha, que se estenderá até 15 de setembro, é realizada nessa época para coincidir com a estiagem na região. Assim, fica mais fácil imunizar os animais. Queremos ter uma cobertura vacinal próxima de 100%, enfatiza Xavier.
Para alcançar a meta de vacinar praticamente todo o rebanho de 800 mil cabeças, a Faepa promove uma ampla mobilização dos produtores e da comunidade do Marajó. De acordo com Xavier, a campanha também envolve produtores, sindicatos, frigoríficos, laticínios, além da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (AdePará), o Conselho de Medicina Veterinária e a Delegacia Federal de Agricultura (DFA) no Pará. Reunimos os produtores e mobilizamos agentes da AdePará e extensionistas rurais, além de usarmos tevês, rádios e jornais para incentivar todos a vacinar seus rebanhos, disse.
Carlos Xavier afirmou que o governo estadual venderá vacinas a preços subsidiados no Marajó. A campanha, informou, é patrocinada com recursos do Tesouro estadual e do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária (Fundepec) do Pará. A participação do governo estadual é essencial para o sucesso da vacinação, avaliou.
Embora 75% do rebanho do Pará esteja numa área considerada como livre de febre aftosa com vacinação pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o estado não pode exportar porque tem a zona de alto risco e outra de risco médio, no nordeste do estado. Recentemente, um foco da doença foi detectado no município de Monte Alegre, na margem esquerda do Rio Amazonas, o que levou as autoridades estaduais e a cadeia produtiva a reforçar a vacinação no território.
O Pará, prevê o presidente da Faepa, deve se tornar o maior produtor pecuário nos próximos cinco anos. Por termos uma posição geográfica estratégica, o Pará deve se transformar também no principal pólo da exportação de carne bovina e bubalina para a América do Norte e Europa, aposta.