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Geral

Pecuária de MS tem 2ª maior inflação no ano

Fernanda Mathias/Campo Grande News - 27 de julho de 2004 - 15:02

A pecuária de Mato Grosso Sul tem a segunda maior alta acumulada de custos no primeiro semestre de 2004, segundo aponta pesquisa da CNA (Confederação Nacional de Agricultura). O Custo Operacional Total do pecuarista sul-mato-grossense aumentou em 5,32% de janeiro a junho, alta inferior apenas a registrada em Rondônia, de 6,94%. No mesmo período a variação registrada no preço da arroba no Estado que detém a maior pecuária de corte do País foi de apenas 2,13%, prova do descompasso apontado pelo setor produtivo. A pesquisa é desenvolvida em parceria com a CNA/Cepea-USP (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil/Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
De acordo com avaliação da CNA, o crescimento generalizado dos custos pode ser atribuído ao fato de que o processo está ocorrendo em regiões de atividade mais extensiva, onde a pecuária é menos dependente de insumos para a formação de pastagens, como o Pará, e em regiões onde o uso de insumos é mais intenso, como Paraná e Mato Grosso do Sul. No caso específico de Mato Grosso do Sul o óleo diesel subiu acima da média nacional, reajustado em 6%, e o arame ficou 3% mais caro, por conta do aumento dos preços no mercado externo. As vacinas e a suplementação mineral tiveram aumentos de 1,23% e 0,89%, respectivamente, se comparados a maio. Mato Grosso do Sul, que detém 14% do rebanho nacional, ocupa o segundo lugar no aumento dos custos no semestre, bem acima das metas de inflação projetadas para o ano. Mas foi o único entre os pesquisados que apresentou valorização da arroba do boi no semestre.
Os grupos que mais pesam nos custos do produtor de um modo geral foram também os que tiveram maiores altas de preços, a exceção dos salários, cujos impactos deverão ser sentidos no próximo mês. A mineralização, que representa 15% do custo total, na média dos nove Estados, teve alta de 7,5% no semestre e de 2,1%, em junho. Também foram elevados os percentuais das cercas, máquinas, diesel e adubos, em parte, por um ajuste dos preços motivado pela alta do dólar e, em outros casos, como dos fertilizantes, pelo bom desempenho das culturas anuais que usam esses insumos.


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