O Ministério da Justiça termina o ano com a adesão de todos os estados brasileiros ao Sistema Único de Segurança Pública (Susp). Hoje, último ato oficial da gestão 2003, o ministro Márcio Thomaz Bastos e o governador Jarbas Vasconcelos, assinaram um protocolo de Intenções que inclui o Estado de Pernambuco no processo de
integração das ações das policias no combate ao crime organizado.

Lançado no inicio de janeiro, o Susp faz parte da nova política para a segurança pública adotada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva, que prevê a gestão unificada da informação e dos sistemas de segurança, o aperfeiçoamento dos policiais, a valorização das perícias e a prevenção da violência no país. Segundo o ministro da Justiça, a adesão de todos os estados ao Sistema Único de Segurança Pública encerra a primeira etapa da implantação de um novo modelo de combate à criminalidade.

“Em 2004 iniciaremos a etapa de implantação efetiva e do cumprimento das metas do planejamento estratégico”, afirmou o ministro, ressaltando que o combate à criminalidade organizada não se resume à mudança das leis, mas ao fortalecimento das principais ferramentas do Estado, que são as policias, o poder judiciário e o sistema prisional. “Temos que criar uma cultura nacional de proibição da lavagem de dinheiro, porque ela é a causa final do crime organizado”.

O governador Jarbas Vasconcelos destacou a importância da iniciativa do governo federal para a redução dos índices de violência nas grandes e médias cidades do país. Para ele, unificação das ações de combate ao crime organizado é um importante passo para o fortalecimento do sistema nacional de segurança pública. Em 2003, o Fundo Nacional de Segurança Pública, braço
financeiro do Susp, distribuiu mais de R$ 300 milhões para a implantação de ações unificadas em todos os estados do país.

De acordo com o ministro, a sucessão de operações desencadeadas pela Policia Federal mostra a determinação do presidente Lula de combater o crime organizado sem tréguas, como nunca se fez no Brasil. Márcio Thomaz Bastos lembrou que, no começo do ano, a reforma do Judiciário era tida como uma quimera e que hoje ela está na agenda nacional e é reconhecida por todos como um artigo de primeira necessidade para o combate à criminalidade.

“Precisamos de uma policia que desvende os crimes, de um Poder Judiciário que dê respostas rápidas e de um sistema prisional que não se transforme numa fábrica de criminosos”. Segundo o ministro, ao invés de uma linha de montagem de criminalidade, o Brasil quer ter uma linha de combate á criminalidade, que envolva policia, Poder Judiciário, sistema prisional e combate a lavagem de dinheiro.

Para o ministro, a implantação da gestão integrada na área de segurança pública será um passo decisivo para a construção de um Brasil seguro, onde os índices de criminalidade tenham padrões aceitáveis e civilizados, para que o sonho dos brasileiros de viver em um país seguro possa ser concretizado.