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PÉ DIABÉTICO: 70% das amputações dos membros inferiores são causadas por complicações da doença

Agência do Rádio - 27 de setembro de 2011 - 07:24

Os portadores de diabetes vivem com um perigo constante: o chamado pé diabético. De acordo com dados do Ministério da Saúde, essa espécie de úlcera que pode atacar os pés de quem sofre de diabetes responde a 70% das amputações de membros inferiores. A consultora técnica de Hipertensão e Diabetes do Ministério da Saúde, Sônia Dantas, explica as causas do problema.


\"Quando existe uma persistência de um alto nível de glicose no sangue durante muito tempo. Ele pode causar lesões nos vasos sanguíneos e reduz a chegada do sangue aos pés. Essa redução pode enfraquecer a pele, contribuindo para o aparecimento de ferimentos e dificultando a cicatrização dos mesmos.\"

: A consultora afirma que o pé diabético pode ser prevenido com a realização de exames para o controle da glicose no sangue. Para quem tem diabetes tipo 1, a avaliação anual deve ser feita depois de cinco anos de receber o diagnóstico. Já para quem é portador do tipo 2, essa visita ao médico tem que acontecer um ano após saber da doença. Além disso, o paciente precisa tomar diversos cuidados como sempre examinar os pés e observar se há alterações na pele ou deformidades.

\"Ele deve evitar lesões nos pés, evitar andar descalço, manter os pés secos e limpos, deve aplicar loção hidratante para evitar a pele seca e rachaduras. Tomar cuidado ao cortar as unhas, não retirar cutículas, não estourar bolhas nos pés. Ele deve escolher as meias e os sapatos com cuidado, preferindo meias de algodão.\"

A especialista afirma que calçados desconfortáveis também podem ser a causa do pé diabético.

\"O calçado deve ajustar-se aos pés e nunca os pés aos calçados. Existem sapatos próprios pra diabéticos, que são sapatos confortáveis, sapatos ortopédicos.\"

O tratamento para o pé diabético vai ser escolhido de acordo com a gravidade das úlceras, podendo ser feito apenas com curativos e antibióticos. As amputações só ocorrem em situações extremamente graves de infecção que afetem o osso e o músculo. A especialista afirma que na rede pública existe tratamento multidisciplinar, o que ajuda a reduzir os casos graves da doença.

Reportagem, Vanessa Silvestre


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