O diretório regional do PDT de Mato Grosso do Sul publicou nota na imprensa em que faz apelo ao presidente da Assembléia Legislativa, deputado estadual Jerson Domingos (PMDB), para salvar o mandato do deputado estadual Ari Artuzi (PDT), que está sendo julgado por infidelidade partidária. Na nota, o partido “reafirma sua confiança na liderança do deputado Jerson [...] pela sua serenidade e seu prestígio de pacificador”.

O presidente do diretório, deputado estadual Ary Rigo, explicou que a nota foi para tranqüilizar o pessoal de Dourados, do PDT no município, já que a demora no julgamento, o tempo maior que o habitual pelos sucessivos pedidos de vistas, tem provocado apreensão nos correligionários.

Quanto ao apelo a Jerson, Rigo disse que o peemedebista tem sido o intermediário junto ao PMDB para aplacar os ânimos mais exaltados favoráveis à cassação de Artuzi. Rigo disse ainda que Jerson está com o PDT e advoga contra a cassação. Em reunião da Executiva do PMDB, Jerson teria votado contra a decisão de mover a ação contra Artuzi.

Nota

No anúncio, o PDT regional esclarece ainda que “acompanha com muita atenção as articulações e o curso do processo de cassação de mandato que o PMDB move contra o deputado Ari Artuzi”. A legenda afirma sua confiança na independência do Judiciário e no desfecho rápido do processo, “posição costumeira do Tribunal Regional Eleitoral (TRE)”.

O partido menciona ainda o desempenho de Artuzi nas urnas; o deputado foi reeleito com 36.960 votos. O diretório informa, por fim, que Artuzi, no momento oportuno, terá o espaço necessário para sua manifestação sobre os acontecimentos acerca do julgamento.

Infidelidade

O julgamento do processo de perda de mandato por infidelidade partidária contra Artuzi já dura quase um mês e acumula três pedidos de vistas. Na última sessão de julgamento do caso, a conclusão foi adiada por pedido de vista do presidente do TRE, Oswaldo Rodrigues de Melo, para análise dos autos e preparação do voto de minerva. O Tribunal ainda não divulgou a data para a retomada do julgamento iniciado em 3 de março.

O relator do processo, Dalton Igor Kita Conrado, votou pela procedência da ação protocolada pelo diretório estadual do PMDB, ou seja, pela cassação do parlamentar em virtude de desfiliação sem justa causa. O juiz José Paulo Cinoti acompanhou o relator.

Já os juízes Elpídio Helvécio Chaves Martins votou pela improcedência, contra o voto do relator, no que foi acompanhado pelo juiz Carlos Alberto de Jesus Marques.

Na última sessão, o juiz Júlio Roberto Siqueira Cardoso acompanhou o relator e André Luiz Borges Netto votou pela improcedência estabelecendo o empate.





Alcindo Rocha - Midiamax