São Paulo e Santos decidem hoje a primeira vaga na final do Campeonato Paulista 2011. Líderes da primeira fase da competição, os são-paulinos garantiram o direito de receber a decisão em casa, no estádio do Morumbi, às 16h. Em caso de empate, a disputa será definida nas cobranças de pênaltis.

Destaque nos últimos jogos do São Paulo, o meio-campista Ilsinho prega cuidado ao adversário na decisão. \"Temos de ter o máximo de atenção. Respeitar o Santos. Mas, mesmo respeitando, não podemos perder a vontade de vencer, de querer ganhar. Não podemos dar mole em nenhum segundo\", alertou o jogador, que substituirá Lucas, contundido, mais uma vez.

Também vivendo um bom momento, Dagoberto reencontrará um rival que traz boas recordações ao atacante. No último confronto no estádio são-paulino, o São Paulo venceu por 4 a 3, pelo Campeonato Brasileiro do ano passado, e o jogador marcou dois gols. \"Não importa quem irá fazer o gol. Se o São Paulo sair de campo classificado, todos nós ficaremos felizes\", ressaltou o atleta, que já marcou quatro gols no rival.

No Santos, que vive momentos cruciais no Paulistão e na Libertadores, a intenção do técnico Muricy Ramalho é a de escalar força máxima no Morumbi. “É um clássico e mais uma decisão, tenho que por o que é melhor\", disse, ressaltando. “Mas não estouro jogador, se alguém se queixar eu tiro. Temos exames que podem medir isso. Converso muito com a comissão e os jogadores e vou ver como eles estão”.

Para o treinador santista, a equipe praticamente não tem tempo hábil para descansar devido às seguidas decisões. \"Estamos repetindo o time toda hora. E é só decisão. Nosso time está jogando no limite, sempre tendo que ganhar desde o confronto com o Cerro Porteño (pela Libertadores). Isso esgota mesmo, mas se a gente tem intenção de vencer, tem que passar pelos obstáculos”, ressaltou o treinador.

Ídolo com as duas camisas nas décadas de 1970 e 1980, Pita falou o que espera da partida deste sábado. \"Vai ser um confronto difícil e bem equilibrado. O São Paulo tem uma defesa muito forte e o Santos tem talento individual de jogadores como Neymar e Ganso\", analisou, finalizando. \"Sou santista, mas tenho um carinho muito grande pelo São Paulo, onde conquistei títulos expressivos\".

Pelo time da Vila Belmiro, Edvaldo de Oliveira Chaves conquistou o título paulista de 1978, com os ‘Meninos da Vila’, sobre o São Paulo, clube que defenderia entre 1984 e 1988 e venceria os Campeonatos Paulistas de 1985 e 1987. Pelo Santos, foram 412 jogos entre 1976 e 1984. Sua passagem pelo Morumbi durou 249 partidas e rendeu ainda a conquista do Campeonato Brasileiro de 1986.

Esta será a 12ª decisão envolvendo os dois times no Campeonato Paulista. Se depender do retrospecto, os torcedores podem esperar uma partida equilibrada, já que houve seis triunfos para cada.

Os são-paulinos se tornaram vitoriosos em 1949, 1953, 2005 (jogos decisivos em pontos corridos), 1983 (semifinal), 1980 e 2000 (finais), enquanto que os santistas foram vencedores em 1969 (jogo decisivo em pontos corridos), 1956, 1967 (confrontos extra depois de empate em pontos no término da competição), 2010 (semifinal) e 1978 (final).

No desempenho geral, porém, a vantagem é do clube do Morumbi: são 265 jogos, com 113 vitórias do São Paulo, 90 triunfos santistas e outros 62 empates. Na primeira fase do Paulistão, no entanto, o vencedor foi o Santos. Em partida realizada na Arena Barueri, pela quinta rodada, vitória alvinegra por 2 a 0, gols de Elano e Maikon Leite.

Ficha técnica

São Paulo: Rogério Ceni; Rhodolfo (Xandão), Miranda, Alex Silva e Juan; Jean, Casemiro, Carlinhos Paraíba e Ilsinho; Dagoberto e Marlos.
Técnico: Paulo César Carpegiani.

Santos: Rafael; Jonathan, Edu Dracena, Durval e Léo (Alex Sandro); Arouca (Adriano), Danilo, Elano (Alan Patrick) e PH Ganso; Neymar e Zé Eduardo.
Técnico: Muricy Ramalho.

Local: Estádio Cícero Pompeu de Toledo, Morumbi, em São Paulo;
Data e hora: dia 30 (sábado), às 16h;
Árbitro: Raphael Claus;
Assistentes: Luis Alexandre Nilsen e Mauro André de Freitas;
Adicionais: Rodrigo Braghetto e Marcelo Rogério;
Quarto árbitro: Guilherme Ceretta de Lima.