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Pastor assassinado deixa 3 filhos; enterro será às 10h
O pastor paraguaio Peter Schuss Miller Garcia, de 30 anos, assassinado na noite de segunda-feira ao reagir a assalto no Jardim Paulista, deixa esposa e três filhos, de 2, 5 e 6 anos. O corpo dele está sendo velado desde ontem na igreja Manancial de Água Viva, localizada na Rua Padre João Crippa. O enterro será no final da manhã.
A mulher dele, Gisele di Bonze Silva, disse que Garcia era pastor havia seis anos. Ela é brasileira. Eles estavam no País há três anos, dois deles dedicados pelo pastor à igreja na Capital.
Quando ele e amigos caminhavam na rua Antônio Corrêa, procuravam uma nova casa para o pastor se mudar. Os três envolvidos no crime anunciaram o assalto e inicialmente a investida não assustou. O trio parecia de crianças, segundo relatou o amigo Jorge Peralta. Se ele não reagisse, não iriam fazer nada.
Tudo foi muito breve. Todos começaram a entregar objetos e o pastor repetia calma em nome de Jesus. Ele tentou desarmar o único jovem que tinha revólver. Para o amigo Frederico Corrêa Portocarrero, Garcia teria tentado intervir porque estava habituado a lidar com pessoas que convivem com a violência.
Segundo a tia do pastor, Gracielle Muller, o fato de terem sido adolescentes aumenta o inconformismo. Ele não era um animal.
O pastor foi atingido no coração e morreu no local. Os amigos chegaram a ver fotos na Polícia Civil mas não reconheceram nenhum dos participantes do crime.