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Geral

Partir comprimidos altera a eficácia do medicamento

EPharma Notícias - 19 de fevereiro de 2016 - 15:00

Ainda é comum entre muitas pessoas a prática de triturar ou dissolver medicamentos sólidos (comprimidos ou drágeas), seja para adequar a posologia prescrita pelo médico, tornar, mais fácil a deglutição o até mesmo economizar. O que poucos sabem é este procedimento pode ocasionar erros de dosagem ou ainda inativar certos medicamentos.

Em artigo publicado no periódico Journal of Advanced Nursing da Universidade de Ghent, na Bélgica, os pesquisadores descobriram que 31% dos comprimidos que foram divididos tinham uma dosagem diferente da esperada. Isso significa que partir um comprimido de 150mg em duas partes não é o mesmo que ter em mãos dois pedaços com 75mg. Até mesmo as pílulas cortadas por aparelhos específicos apresentam grande margem de erro - em 13% dos casos, a dosagem era diferente.

Por estes motivos, a divisão de comprimidos altera a forma original de qualquer apresentação farmacêutica e portanto é uma prática altamente condenável. Em se tratando de drágeas, ainda situação torna-se pior, pois o revestimento das mesmas é extremamente importante na proteção do medicamento ou da mucosa gástrica e divisão retira esta proteção.

Mesmo os comprimidos que vem com o sulco central, indicando o local onde podem ser partidos, pois não há garantia de que as partes serão idênticas, que não haverá perda e que, portanto, o medicamento terá a mesma eficiência terapêutica.

Recomendação

O farmacêutico é o profissional indicado para esclarecer qualquer dúvida sobre o uso de medicamentos e adequação das doses. Há opções de medicamentos em diferentes apresentações farmacêuticas como xaropes, suspensão, gotas e supositórios e, o farmacêutico pode entrar em contato com seu médico para sugerir alternativas que garantam a eficácia do tratamento. O médico também pode prescrever os medicamentos para serem manipulados em farmácias magistrais, adequando assim o tratamento às necessidades específicas de cada paciente quanto à dosagem.

Fonte: Assessoria de Comunicação CRF-SP

Publicado Por: José Vilmore

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