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Partidos apóiam o fim do bingo

Agência Câmara - 04 de março de 2004 - 10:23

Líderes e vice-líderes do Governo na Câmara estiveram reunidos anteontem no Palácio do Planalto com o ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, para garantir o apoio de todos os partidos da base aliada à MP 168/04. A medida, editada pelo Governo no final de fevereiro, proíbe o funcionamento dos bingos e das máquinas caça-níqueis em todo o território nacional.
Segundo o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), um dos vice-líderes do Governo, ficou acertado que qualquer mudança no texto só será admitida se for para tornar as regras mais rígidas. "Ninguém vai admitir mudanças para torná-la mais flácida, complacente com a questão do jogo". Os líderes descartaram a possibilidade de o Governo enviar outra medida provisória para modificar a que já está em vigor.

Relator vai proibir
O deputado Roberto Magalhães (PTB-PE) será designado oficialmente o relator da MP dos Bingos na próxima segunda-feira (8). O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara, João Paulo Cunha.
O deputado do PTB, partido aliado ao governo, afirma que seu parecer vai confirmar a decisão do presidente Lula de proibir as casas de bingo no País. Para ele, a medida é importante para coibir crimes ligados a esse tipo de jogo. "No momento, o mais importante não é nos voltarmos para as denúncias de ordem política, mas àquelas feitas com muita autoridade pelo Ministério Público Federal, que são a lavagem de dinheiro e a vinculação entre bingos e narcotráfico. É isso aí que tem de ser apurado", disse o deputado.
Ele adiantou ainda que, se a medida provisória for alterada, será para ampliar a lista de jogos proibidos.

Desemprego no setor
O desemprego dos trabalhadores das casas de bingo que foram fechadas sensibiliza o relator, mas ele diz que qualquer medida em favor dos desempregados só pode ser tomada pelo Executivo, já que o Legislativo não pode aumentar despesas da União por iniciativa própria.
A medida provisória dos bingos está no Senado e chega à Câmara no dia 05. Se o Plenário não votá-la até o dia 5 de abril, passará a trancar a pauta. Roberto Magalhães, no entanto, já avisou que não usará todo o prazo que tem para apresentar o parecer.

Da Reportagem
Edição - Patricia Roedel

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