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Parlamentares não chegam a acordo para unificação CPIs

Agência Câmara - 13 de julho de 2005 - 07:29

Governo e oposição não entraram em acordo para a unificação das investigações sobre as denúncias de corrupção nos Correios e o suposto "mensalão". A proposta de integração era dos partidos oposicionistas, mas em reunião, nesta terça-feira, entre as lideranças partidárias e o presidente do Senado, Renan Calheiros, o governo recusou a sugestão. O líder do PSDB na Câmara, deputado Alberto Goldman (SP), lamentou porque, para ele, o caso dos Correios e do "mensalão" estão relacionados. “Na verdade, o governo não quer que os dois lados dessa mesma moeda se unifiquem. De um lado, você tem a captação de recursos, seja pelos Correios seja por outros empresas. E de outro lado, os pagamentos que foram feitos. Eu acho que uma das finalidades de manter tantas cpis funcionando ao mesmo tempo é estabelecer a confusão.”
Existem quatro comissões parlamentares de inquérito (CPI) funcionando na Câmara e uma no senado. Além disso, também funcionam três comissões parlamentares mistas de inquérito (CPMI) – com deputados e senadores. Com tantas investigações ao mesmo tempo, alguns parlamentares sugeriram unificar as duas principais para investigar denúncias de corrupção nos Correios e a compra de votos no Congresso.

CPI Mista do Mensalão
O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante, destacou, por sua vez, que foi a oposição quem propôs e cobrou com veemência a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Mensalão. Mercadante lembrou que a intenção do governo, inicialmente, era criar uma comissão de inquérito apenas da Câmara porque, segundo ele, a questão envolvia decoro parlamentar de deputados. O líder governista argumentou, ainda, que o objeto de investigação da CPI Mista dos Correios já é bastante amplo para haver uma união dessa apuração com a da compra de votos de parlamentares. “A investigação dos Correios é um fato bastante amplo, tem que se investigar todos os contratos, todas as licitações, tudo que aconteceu, todas as pessoas envolvidas. Porque não é possível uma denúncia desse tamanho e depois ficar tudo como se nada tivesse acontecido. Quanto ao "mensalão", é a mesma coisa.” Mercadante acrescentou que é muito importante que o "mensalão" seja investigado com todo o rigor. “Transformar o ‘mensalão’ numa subcomissão, é para quem não quer verdadeiramente investigar”.
Os líderes partidários têm até 16 horas da próxima segunda-feira (18) para indicar os integrantes da CPI Mista do Mensalão. Caso as bancadas não façam as indicações, o presidente do Senado, Renan Calheiros, anunciou que indicará os integrantes da comissão.



Reportagem - Ana Raquel Macedo e Fabio Pedrosa
Edição - Regina Céli Assumpção


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