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Paralisação total de caminhoneiros não é consenso
A paralisação dos caminhoneiros marcada para domingo não tem adesão de toda categoria. De acordo com Nélio Botelho, do Movimento União Brasil Caminhoneiros e membro da Frente Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas, afirmou que uma greve, neste momento, é uma incoerência, pois a categoria está negociando benefícios junto ao governo. Fazer a greve em cima do diálogo, nós achamos que é uma incoerência, disse após reunião com ministros da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, da Integração Nacional, Ciro Gomes e dos Transportes, Alfredo Nascimento.
Botelho disse, no entanto, que compreende a iniciativa de realizar uma paralisação devido à situação das rodovias. As estradas estão completamente esburacadas, pagando pedágio incompatíveis com a remuneração. O caminhoneiro sendo assaltado a todo momento, sem direito à alimentação, saúde... Enfim, é um submundo que está vivendo o caminhoneiro, afirmou.
Apesar disso, não concorda com a paralisação sugerida pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros. Nós da Frente assumimos compromisso com o governo, de usar de todo prestígio que tivermos para evitar que essa greve aconteça, acrescentou. De acordo com ele, a intenção é manter a greve no ar por, pelo menos, mais 90 dias para esperar respostas do governo.
A Frente possui uma pauta de reivindicações, sendo que a prioritária é a recuperação das rodovias. Segundo Botelho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o compromisso de imediata liberação de verbas. O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, disse que as propostas dos caminhoneiros são viáveis. Os pontos apresentados são solicitações viáveis, possíveis de serem atendidas, afirmou após a reunião. Nascimento também confirmou que serão feitos investimentos para recuperação de estradas. Nossa expectativa é que em pouco tempo nós tenhamos dado condições de dar trafegabilidade às estradas federais, acrescentou.
Outro problema apresentado pelos caminhoneiros é a falta de segurança nas estradas e a corrupção.Uma nova reunião com representantes do governo está marcada para o dia 11 de agosto.