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Paraguaios somam 61% dos estrangeiros anistiados em MS

Edivaldo Bitencourt, Campo Grande News - 07 de janeiro de 2010 - 09:19

Em Mato Grosso do Sul, 507 estrangeiros regularizaram a situação de 2 de julho a 30 de dezembro do ano passado. De acordo com a Delegacia de Imigração da Polícia Federal, a maioria dos anistiados no Estado são paraguaios, que representam 61% (312) do total.

O segundo maior grupo é formado por bolivianos (86), que são 16,9% do total. Em terceiro lugar em Mato Grosso do Sul ficaram os chineses (33), que são 6,5% do total.

De acordo com o chefe do Núcleo de Operações da Delegacia de Imigração, Gilson Moura Castro, a PF fez campanha e realizou trabalhos em alguns municípios para atingir o maior número de estrangeiros irregulares no Estado. Os policiais estiveram em Nioque, Porto Murtinho, Miranda, Bodoquena e Bonito.

No País – No Brasil, segundo o ministro interino da Justiça, Luís Paulo Barreto, 43 mil estrangeiros obtiveram a anistia, sendo que o maior grupo é formado por bolivianos (17 mil inscritos).

O cadastramento foi feito pela Polícia Federal e teve por objetivo mostrar que o Brasil segue o fluxo contrário de outras nações, não discriminando os imigrantes e permitindo que passem a ter uma vida digna, com direito à saúde, educação, moradia, emprego e justiça. A atitude tem caráter humanitário e impede, por exemplo, que boa parte desses estrangeiros tenha a mão-de-obra explorada de forma análoga à escravidão.

É justamente o caso dos bolivianos. Muitos deles, por medo da deportação, se viram obrigados a trabalhar em lugares insalubres, sem salários decentes e de maneira extenuante. Na sequência dos pedidos de regularização estão os chineses (5,5 mil), Peruanos (4,6 mil), paraguaios (4,1 mil), coreanos (1,1 mil) e europeus (2,4 mil).

Esta foi a terceira anistia concedida pelo governo (as outras foram em 1998 e 1988) e a mais expressiva nos resultados. Um dos motivos foi o valor pago pelo benefício - quatro a cinco vezes menor do que as cobranças anteriores - e a vontade política de que o Brasil se destaque no cenário mundial como um país sem preconceito contra seus imigrantes.

"Aqui nos defendemos a regularização migratória como um instrumento de inserção social. É um não à criminalização", afirmou Luis Paulo Barreto. "O Brasil, historicamente, é formado por estrangeiros. Os novos que chegam podem professar a sua fé, manter os seus costumes. O brasileiro absorve e convive muito bem com as diferenças".

Hoje, em torno de um milhão de pessoas, de diversas nacionalidades, vivem regularmente no Brasil, entre eles: Portugueses (270 mil); Japoneses (92 mil); Italianos (69 mil); Espanhóis (58 mil); Argentinos (39 mil); Bolivianos (33 mil); Alemães (28 mil); Uruguaios (28 mil); Americanos (28 mil); Chineses (27 mil), Coreanos (16 mil); Franceses (16 mil); Libaneses (13 mil) e Peruanos (10 mil). Ainda assim é um número menor do que o de brasileiros no exterior, que chega a 4 milhões de pessoas, segundo o ministério.

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