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Para tentar salvar bebê, família vende rifa para cirurgia de R$ 30 mil

Um dos gêmeos corre risco de morrer se não passar por cirurgia

G1 - 06 de dezembro de 2013 - 14:56

Ultrasson de gêmeos e um deles deve passar por cirurgia (Foto: Reprodução)
Ultrasson de gêmeos e um deles deve passar por cirurgia (Foto: Reprodução)

Antes de Olívia nascer, a tia dela, a professora Leda Maria Barbosa da Silva, que mora em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, começou a vender rifa para tentar arrecadar R$ 30 mil e custear a cirurgia do bebê. O feto possui uma doença chamada hérnia diafragmática congênita e poderia passar por cirurgia até a 28º semana de gestação, porém, a mãe do bebê, Débora Fernanda da Silva, só descobriu a doença depois desse período. Desse modo, será necessário esperar o nascimento, que pode acontecer a qualquer momento, já que a gestação completou 36 semanas.

Até agora, a professora disse ter arrecadado R$ 3,5 mil. A rifa de uma câmera fotográfica está sendo vendida a R$ 10 cada cupom. "Meus alunos pegaram alguns blocos e estão me ajudando a vender. Me emociono com a solidariedade deles a cada hora que falo sobre isso", disse Leda. A irmã dela mora em Mogi das Cruzes (SP) e trabalha como assistente social naquele município. "Nos falamos todos os dias, ainda mais agora por causa dos bebês", pontuou. A irmã já está internada.

Leda explicou que o plano de saúde não cobre a realizado do procedimento cirúrgico. "A chance dela sobreviver se a cirurgia for feita por médicos que não forem especialistas no caso é de 10% e, com especialistas, esse percentual de chance sobe para 68%, disse, ao relatar que a doença faz com que os outros órgãos fiquem junto ao pulmão, impedindo o desenvolvimento do pulmão. Por isso, ao nascer, o bebê precisa passar por uma cirurgia para a instalação de um balão no pulmão para que desenvolva e ainda para voltar os órgãos aos devidos lugares.

O outro bebê, pois se trata de uma gravidez de gêmeos, é um menino e não corre risco de vida ao nascer. Essa é a primeira gestação de Débora Fernanda e até descobrir o problema seguia tranquilamente. "A gravidez dela foi muito tranquila. Descobrimos que a cada quatro milhões de gestações, ocorre um caso semelhante", afirmou Leda. A hérnia diafragmática é uma má formação do músculo, permitindo que o conteúdo da cavidade abdominal passe para o tórax.

Ela disse ter esperança de conseguir a quantia em dinheiro necessária para a realização da cirurgia e, com isso, aumentar as chances do bebê sobreviver.

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