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Para sobreviver, pequenos supermercados aderem à rede

Fernanda Mathias/Campo Grande News - 30 de julho de 2008 - 16:22

A chegada e expansão de gigantes do setor supermercadista em Campo Grande motivou 33 supermercados a migrarem para a Rede Smart que “inaugura” nesta quinta-feira 83 lojas em Mato Grosso do Sul. São estabelecimentos de pequeno porte que reformularam suas fachadas e também terão de mudar o sistema de gerenciamento, em sintonia com o que preconiza a rede, na luta para conquistar a preferência do consumidor. As lojas são focadas nos públicos C e D.

A rede tem mais de 1,2 mil lojas no País e com isso consegue melhores negociações de preço junto aos fornecedores e também acessar os meios de comunicação em ações publicitárias, explicou esta manhã o gerente de Relacionamento da Smart, Ismael Carrijo. Segundo ele, as negociações permitem venda de produtos com descontos de 3% a 5% (no caso de arroz, óleo, açúcar e feijão) chegando entre 20% e 30% (para materiais de limpeza, higiene e carnes).

Ele diz que não há uma promessa de crescimento de faturamento a partir da adesão, mas o acompanhamento feito pela rede demonstra que, em geral, as lojas que passam a integrar a Smart elevam em pelo menos 20% o faturamento. Com o faturamento maior a previsão é que cada loja gere de 5 a 10 empregos, o que aplicado ao caso de Mato Grosso do Sul pode significar até 830 novas vagas de trabalho.

Os estabelecimentos receberam prazo de 60 dias para adequar a fachada, tiveram de desembolsar R$ 6,5 mil para adesão mais R$ 3,5 mil para mudança do layout, cada. A taxa administrativa mensal é de R$ 1,2 mil, mas as empresas que têm melhor desempenho nas vendas de produtos da rede acumulam bônus que amortizam este valor.

Concorrência – Apostar na proximidade com o consumidor, característica de mercados de bairros, e ao mesmo tempo nivelar o atendimento ao de grandes redes é a proposta lançada pela rede. Campo Grande passa por um “boom” com expansão de redes já estabelecidas e também vinda de grandes grupos, como o Wal-Mart.

Carrijo disse que é estratégia das grandes redes também implantar unidades de menor porte mais próximas aos consumidores, nos bairros e por isso os pequenos que não buscarem estratégias para serem competitivos não conseguem sobreviver.

O grupo Smart foi criado pelo sistema Integrado Martins. Além do fornecimento de mercadorias para abastecer as unidades, o grupo também tem lucro no Banco Triângulo, que oferece crédito para os lojistas anteciparem recebíveis (como cheques e valores de compras nos cartões de crédito) e para a própria adequação das lojas aos padrões da rede Smart.

Os investimentos para adequação vão de R$ 5 mil a R$ 50 mil conforme o porte do estabelecimento. Depois de refeita a fachadas, outras estruturações devem ser feitas em até seis meses. Segundo o gerente, para não gerar concorrência entre as próprias lojas da rede o número de inclusões é limitados. Em Campo Grande poderão ser incluídas futuramente no máximo mais quatro e no Estado até 20.

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