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Geral

Para Rudel, falta cortesia no trânsito da Capital

19 de novembro de 2009 - 10:01

O diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Trânsito), Rudel Trindade, conta que acompanhou perplexo o desfecho de uma discussão no trânsito que ontem resultou na morte de uma criança de apenas dois anos, no centro de Campo Grande e avalia que o principal problema é a falta de cortesia dos condutores.

“É totalmente injustificável o que aconteceu. Em primeiro lugar as pessoas não devem andar armadas no trânsito, tendo porte ou não, porque o trânsito envolve emoção e historicamente sabemos que essa combinação leva a isso”, observa.

Tomando como exemplo o jornalista Agnaldo Ferreira Gonçalves, que atirou em duas pessoas ontem, provocando a morte do menino Rogério Mendonça, de 2 anos, Rudel alerta: “Eu conheci o Agnaldo e não dá para acreditar que uma pessoa com aquele perfil dê um tiro em alguém”.

Para Rudel, o trânsito de Campo Grande não justifica tamanho estresse, porque as vias são largas e há muitos acessos. O problema, acredita, é a falta de gentileza dos condutores. “Falta cortesia para deixar outro condutor entrar, reconhecer que errou. A buzina é um meio de proteção, mas muitas vezes o condutor não aceita, xinga, entende como ofensa”, diz.

Além disso, para Rudel os condutores não dão a devida importância à responsabilidade de transitar com um veículo na rua. “Não consideram que é um ato de concentração, se distraem, conversam”, afirma.

Tragédia – O desfecho de uma discussão de trânsito nesta quarta-feira, em pleno centro de Campo Grande, chocou e deixou a família do menino Rogério Mendonça em desespero. O avô do menino, João Afonso Pedra, de 52 anos, também foi atingido por um disparo no rosto e precisou passar por uma cirurgia. Os dois e a irmã de Rogério, outra criança de 5 anos, estavam em uma camionete L-200 conduzida pelo filho do pecuarista, Aldemir Pedra.

Aldemir fechou o carro conduzido pelo jornalista Agnaldo Ferreira no cruzamento da Mato Grosso com a Ernesto Geisel e os dois teriam discutido e chegaram a descer do carro e a trocar chutes. Quadras a frente Agnaldo sacou de uma arma, quando estava dentro de seu carro, e atirou contra a camionete, atingindo o pecuarista e a criança. Pouco depois do crime Agnaldo se apresentou à Polícia e está preso no 2º Distrito Policial.

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