Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Terça, 23 de Abril de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Para CPI, Valério e Delúbio forjam "Operação Uruguai 2"

Campo Grande News/ Inara Silva - 17 de julho de 2005 - 13:58

Parlamentares da CPI dos Correios classificaram de "Operação Uruguai 2" a nova versão apresentada pelo publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza e pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares para explicar os saques milionários feitos em dinheiro nas contas das empresas de publicidade SMPB e DNA, das quais Marcos Valério é sócio. O publicitário e o ex-tesoureiro do PT prestaram nos últimos dias depoimentos à Procuradoria Geral da República em que contam história semelhante: o publicitário teria contraído empréstimos em bancos, cerca de R$ 40 milhões, em nome de suas empresas, e repassado o dinheiro a pessoas indicadas por Delúbio.
Segundo informações publicadas na edição de hoje do Jornal Folha de São Paulo, a versão é semelhante ao empréstimo - de US$ 3,7 milhões - forjado com banqueiros de Montevidéu para justificar a origem do dinheiro que financiou a campanha do ex-presidente Fernando Collor de Mello ao Planalto e seus gastos no cargo.
Ouvido pelo jornal, o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), disse que suspeita que seja "um jogo armado para tentar desviar o foco real do problema. Na prática, estão querendo reeditar a Operação Uruguai, ou seja, encontrar uma justificativa para a origem e o destino dos recursos, justificativa que não corresponde à realidade. Querem limpar a operação", afirmou
O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), um dos sub-relatores da CPI,disse que a "Operação Uruguai 2" foi a primeira hipótese que ele pensou. Fruet diz acreditar que os empréstimos repassados por Valério rendiam a ele contas para suas empresas em órgãos do governo. O sub relator disse que pode ter havido uma simulação: “ele fazia o empréstimo e passava o dinheiro para o PT e, em contrapartida, conseguia contas publicitárias."
O Banco Central fixou prazo até terça-feira para o envio das informações que faltam dos bancos. As atenções estão voltadas para o Banco Rural, que concentra a maior parte da movimentação bancária de Marcos Valério, assim como os saques feitos em dinheiro vivo. "A gente tem condições de pegar tudo", disse o presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS). As informações são da Folha de São Paulo.

SIGA-NOS NO Google News