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Para chegar a final, Inter não pode tomar gols

Thiago Azevedo - Gazeta Esportiva - 03 de agosto de 2006 - 08:51

Apenas 90 minutos – e pelo menos um gol. É tudo que separa o Internacional de sua segunda final de Copa Libertadores da América, 26 anos depois do vice-campeonato para o Nacional. Nesta quinta-feira, a equipe do técnico Abel Braga encara o Libertad, do Paraguai, e tem tudo para voltar à decisão continental e, assim como em 2005, fazer uma final 100% brasileira, contra o São Paulo.

O empate sem gols no jogo de ida, em Assunção, seria em tese um bom resultado para o Colorado. Mas a situação é vista como delicada pelos lados do Beira-Rio: o medo de tomar um gol logo no início deixa a equipe em estado de alerta. Qualquer empate com gols classifica o Libertad, por causa da regra de gols marcados fora de casa.

Repetindo um discurso semelhante àquele feito pelos jogadores do Corinthians às vésperas da eliminação da Libertadores para o River Plate, nas oitavas-de-final, o técnico Abel Braga mostra a sua preocupação em barrar o ataque adversário. “Seria uma catástrofe. O maior perigo é esse: de repente, sofrer um gol antes de marcar. Você tem que ter cuidado, uma equipe organizada, atacando bem e com segurança”, disse o treinador, que prevê uma partida cautelosa do Colorado nesta quinta.

Já o meia Alex, que deverá ser titular, alertou para o poder ofensivo do Libertad, sobretudo nos contra-ataques. “Deu para perceber que o Libertad é um time muito bom em contra-ataques, não só roubando a bola e esperando a defesa. Eles marcam muito forte até na frente, roubam muitas bolas ali e procurar sair rapidamente. Este que é o perigo”, disse o jogador.

Os paraguaios, que igualaram neste ano a sua melhor campanha na história de suas participações na Libertadores (em 1977, também chegaram às semifinais), têm consciência de que poderão aprontar mais uma surpresa guarani dentro do Beira-Rio, assim como o Olímpia em 1989. Por isso, quer apostar na sua principal arma para sair de Porto Alegre com a vaga.

“Temos que ser cautelosos e sair para o ataque com inteligência”, disse o capitão Pedro Sarabia, que acredita que, por atuar em casa, o Inter terá que sair desde o início para o jogo. “Vamos ter mais espaços e esperamos aproveitar”, ressaltou o zagueiro.

Por este panorama, Abel Braga quer uma equipe com muitos cuidados dentro de campo contra o Libertad e deverá refletir isso no esquema tático a ser escolhido. Michel deve entrar na vaga de Tinga, lesionado, mas os volantes Perdigão e Wellington Monteiro, além do zagueiro Índio, também têm chances.

Alteração certa mesmo apenas na lateral direita. Sem poder contar com Élder Granja, afastado do time por conta de uma lesão muscular, Abel irá escalar Ceará no setor. Porém, os onze que entrarão em campo desde o início contra o Libertad serão conhecidos apenas momentos antes do confronto.

Pelo lado do Libertad, o técnico da equipe, o argentino Gilberto Martino, não deverá promover nenhuma alteração em relação ao time que empatou sem gols no jogo de ida. Além de usar os contra-ataques, o treinador também aposta nas jogadas de bola parada para surpreender. “Uma jogada de bola parada pode garantir a classificação. Sou o encarregado de bater as faltas e tomara que possa marcar um gol de bola parada”, ressaltou o lateral-esquerdo Martín Hidalgo, cobrador de faltas do time paraguaio.

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