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Para advogado, Donizete não deve responder à Câmara
A denúncia é inepta por natureza e todos os atos subseqüentes são nulos. Com base neste argumento o advogado Joaquim Arnaldo da Silva Neto orientou que o prefeito de Cassilândia, José Donizete Ferreira de Freitas (PT), não compareça ao depoimento agendado para hoje, às 13h, na Câmara Municipal. Para ele, o prefeito deve primeiro passar pelo crivo da justiça, antes de ser investigado pela comissão permanente de vereadores.
A investigação da Câmara pretende apontar qual o envolvimento de Donizete no esquema descoberto na Operação Judas que apura irregularidades a partir da emissão de vales e notas frias para justificarem saques na prefeitura. Caso seja apontada responsabilidade do prefeito, poderá ser votado parecer solicitando a sua cassação. Segundo Joaquim, a comissão atua com imparcialidade flagrante, numa tentativa de arrancar Donizete da administração municipal.
Ontem, o prefeito enviou um documento pedindo a destituição da comissão, que tem até agosto para concluir os trabalhos. De acordo com o presidente da comissão, vereador Zirley Assis de Lima (PSB), Donizete alega que sofreu prejulgamento por parte de um dos vereadores. O documento ainda não foi analisado. O MPE (Ministério Público Estadual) pediu o indiciamento de 14 pessoas, além do prefeito cassilandense, por participação no caso.