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Pantanal teve cerca de 2,5 milhões de hectares devastados pelo fogo

Correio do Estado - 01 de outubro de 2019 - 13:00

O Pantanal sul-mato-grossense teve aproximadamente 2,5 milhões de hectares destruídos pelo fogo durante as queimadas que atingiram a região neste inverno. A informação é do Corpo de Bombeiros do Estado, que atua na região atualmente com 300 homens para conter as chamas.

Nesta terça-feira (1º) a equipe de 34 bombeiros que vieram do Distrito Federal para auxiliar no combate ao fogo se despediu de Mato Grosso do Sul e volta para casa. Segundo o tenente coronel Joilson Alves do Amaral, comandante do Corpo de Bombeiros do Estado, essa decisão foi tomada porque houve a redução dos focos de incêndio e há previsão de chuva nos próximos dias.

“Nós estamos esperando para amanhã e para os próximos dias que a chuva retorne ao Estado, por isso estamos desmobilizando o pessoal de Brasília hoje, mas o pessoal de Mato Grosso do Sul está mobilizado”, afirmou o comandante.

Os bombeiros do Distrito Federal estão em Mato Grosso do Sul há 13 dias, completados nesta terça-feira e atuaram nas queimadas por 11 dias. Além da ajuda no aumento do efetivo, a corporação também trouxe uma aeronave especializada em combate a incêndios que atou na região.

Também foram usados dois helicópteros vindos de São Paulo e um avião do Comando Militar do Oeste (CMO) que serviu para o deslocamento dos militares. Juntos, os helicópteros e o avião transportaram 215 mil litros de água que ajudaram no combate às queimadas, principalmente no Pantanal.

Quando chegou no seu pico, Mato Grosso do Sul chegou a registrar quase 700 focos de incêndio por dia, sendo sua maioria na região pantaneira. Para o comandante, ainda falta conscientização para que esse tipo de desastre natural não se repita.

“Mais de 90% dos focos de incêndio são provocados por ação humana, esse é um trabalho que tem que ser feito de conscientização, de fiscalização, para que não aconteça de forma descontrolada”, avaliou.

Em cerimônia realizada na manhã desta terça-feira, o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB) agradeceu o fato do Distrito Federal ter respondido prontamente ao pedido de ajuda. Segundo o chefe do Executivo estadual, no dia seguinte ao pedido o governador Ibaneis Rocha Barros Junior (MDB) concedeu a autorização para a vinda dos militares.

“Aqui foi uma conjunção de esforços que possibilitaram nos atacarmos aqueles focos extremamente difíceis, que estavam disseminando grande extensão do nosso Pantanal sul-mato-grossense. Então leve meu agradecimento”, declarou o governador.

Atualmente o Estado saiu de quase 700 focos diários, para cinco que, de acordo com Joilson, estão sob controle e sendo combatidos “dentro da nossa capacidade de resposta”.

O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal atua há 20 anos no combate a incêndios florestais, segundo informou o tenente coronel Domingos Márcio Ferreira da Silva. “Temos experiência em vários Estados, várias parcerias, então foi um trabalho conjunto. Viemos apoiar o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul e graças a Deus obtivemos êxito. Recebemos todo o apoio necessário para que nós chegássemos nesse momento e quem ganha é a sociedade”.

Por conta da grande quantidade de focos de incêndio no Estado, o governador chegou a decretar situação de emergência em decorrência das queimadas estarem 45% acima do que havia sido registrado em 2017, entre janeiro e setembro. Mato Grosso do Sul chegou a ser o sexto com o maior número de focos de calor no país, concentrando 7,7% dos incêndios florestais do Brasil.

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