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Pan: leia o resumo da participação brasileira ontem

COB - 25 de julho de 2007 - 07:11

Um dia para entrar na história do Brasil em Jogos Pan-americanos. O mesa-tenista Hugo Hoyama, de 38 anos, se tornou o brasileiro com o maior número de medalhas de ouro na competição, honraria que dividia com o nadador Gustavo Borges até esta terça-feira (dia 21), quando ajudou o País a conquistar o primeiro lugar por equipe no Rio 2007, no Complexo do Riocentro. Ele soma agora nove ouros, computadas suas seis participações nos Jogos (desde Indianápolis-87, quando também ganhou o título por equipes).

A medalha da equipe masculina de tênis de mesa, formada ainda por Thiago Monteiro e Gustavo Tsuboi, já assegurou também o melhor resultado do Brasil na história dos Jogos Pan-americanos. Restando cinco dias para o término da competição, o País soma 30 ouros, superando seu recorde anterior, que havia sido estabelecido em Santo Domingo-03 (29 medalhas de ouro).

A festa de Hoyama no Rio 2007 foi completa porque coube justamente a ele a façanha de garantir o último ponto da equipe nesta terça-feira. O Brasil vencia a disputa final diante da Argentina por 2 a 1, quando Hugo entrou na área de competição para enfrentar Pablo Tabachnik. O brasileiro havia perdido a partida anterior que disputara pela final, o que contribuía para aumentar ainda mais a pressão sobre ele. Mas, após um jogo equilibrado, fez valer sua maior experiência para conquistar o título.

Emocionado, Hugo fez questão de dividir a emoção pelo título com Gustavo Borges, que foi ao Pavilhão 4 A para torcer pela vitória do mesa-tenista brasileiro. “Não tenho palavras para descrever a alegria pela conquista. Quando vi o Gustavo, não poderia deixar de agradecer pelo apoio. Isto comprova que não há rivalidade entre os atletas brasileiros. Um torce pelo outro”, comentou Hugo, com olhos marejados.

O basquete feminino garantiu mais uma medalha de prata para o Brasil no Rio 2007. Após partida equilibrada até o último quarto, o time brasileiro acabou superado pelos Estados Unidos por 79 a 66, na Arena Multiuso, no Complexo Cidade dos Esportes.

O jogo marcou também o fim da carreira de Janeth, de 38 anos. Uma despedida emocionada de uma das mais vitoriosas jogadoras do esporte nacional. “Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi”, agradeceu, lembrando a música de Roberto Carlos. O segredo do sucesso, segundo a jogadora, foi sua dedicação ao esporte. “Em cada treino, em cada jogo, sempre tive disciplina e fiz o melhor possível. Não me arrependo de nada. O basquete me deu tudo que tenho na vida. Quero ser lembrada como uma jogadora que se deu por inteiro e vibrou a cada cesta”, declarou, com lágrimas nos olhos, após a homenagem das companheiras no pódio.

A final do Rio 2007 representou também a despedida de Antônio Carlos Barbosa do comando técnico da Seleção Brasileira, depois de 19 anos à frente da equipe feminina, somando-se suas duas passagens. “Não penso nisso como o fim. Para mim, a vida é um eterno recomeçar. Assim, despedida não é ruim. Saio feliz, com a convicção de que ninguém no meu lugar teria feito melhor”, disse o treinador, que trabalhou na Seleção Brasileira de 1976 a 1984 e depois reassumiu em 1997.

O boliche brasileiro também está em festa. Nesta terça-feira (dia 24), Rodrigo Hermes e Fábio Rezende garantiram a primeira medalha do País nos Jogos Pan-americanos, ao conquistarem a prata na dupla masculina. Entre abraços, beijos de amigos e familiares, autógrafos e fotos com fãs do esporte, os dois atletas revelaram que o entrosamento da dupla foi fundamental para o sucesso no Rio 2007.

O trabalho psicológico foi outro aspecto destacado por Fábio. “Somos praticantes de meditação. Toda noite imaginávamos a comemoração, o pódio, a medalha de ouro e o hino nacional. Deu quase tudo certo”, afirmou ele, agradecendo a ajuda do consultor Márcio Vieira. “Ele é meu oráculo e ajuda a escolher o material que vou usar na competição”.

Já Rodrigo Hermes também estava radiante com a primeira medalha do Brasil nos Jogos. Andava de um lado para o outro do Barra Bowling distribuindo apertos de mãos aos membros da comissão técnica. Pouco antes, ainda com a partida indefinida, passava por um dos momentos mais críticos do torneio. A dupla precisava de dois strikes para confirmar a posição final. “A maior pressão era por ainda não termos nenhuma medalha na competição. Boliche é um esporte de concentração. Se você se sente pressionado, acaba não acertando o pino. A briga era contra a nossa cabeça. Se jogássemos mal, poderíamos ter caído para a oitava posição, porque os países estavam embolados”, explicou.

O atletismo garantiu outra medalha nesta terça-feira, no Estádio João Havelange. Carlos Chinin conquistou o bronze no decatlo, após superar seus próprios limites na prova decisiva da competição, os 1.500m. O brasileiro venceu a prova e conquistou os pontos suficientes para assegurar a medalha. “Devo o resultado ao público. A torcida me impulsionou nos metros finais. Esse bronze vale ouro”, comentou Chinin.

O boxe brasileiro estabeleceu nesta terça-feira seu melhor resultado em Jogos Pan-americanos, depois que o leve Éverton Lopes e o meio-médio Pedro Lima garantiram, no mínimo, a medalha de prata, ao vencerem seus combates pelas semifinais, no Pavilhão 2 do Complexo do Riocentro. As duas finais serão na sexta-feira (dia 27).

Já James Dean Pereira (categoria até 54kg) foi derrotado pelo mexicano Carlos Quiroa e ficou com a medalha de bronze. Foi o segundo bronze dele em Jogos Pan-americanos (o anterior fora conquistado em Santo Domingo-03) e a primeira medalha do boxe brasileiro no Rio 2007.

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