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Palocci: juro real de mercado no Brasil ainda é alto

Dourados News - 10 de novembro de 2004 - 16:00


O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, reconheceu hoje que as taxas de juros reais de mercado ainda são altas no Brasil. Mas, segundo ele, houve uma redução "importante" nessas taxas nos últimos 10 anos. Palocci afirmou que em 1997 a taxa média dos juros reais estava em 21,4% ao ano. Em 2001 e 2002, houve uma redução para 15,8% e, no ano passado, a taxa foi para 13,2%. "Agora estamos na faixa de 10% de juros reais, ainda é um juro real elevado, mas é um esforço que o Brasil vem fazendo ao longo dos anos para conquistar condições melhores de taxas de juros para o desenvolvimento do país", disse o ministro em uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

Segundo o ministro, o governo imagina o processo de construção do crescimento sustentável de longo prazo como a construção de uma estrutura com alicerces, paredes e metas. O ministro disse que o alicerce da estrutura de crescimento é a estabilidade macroeconômica. "Todos os estudos econômicos mostram que não há exemplo de país com crescimento prolongado sem estabilidade macroeconômica. Por outro lado também é importante que não tenhamos a estabilidade como um fim em si, mas como alicerce para um processo de crescimento que necessita de um conjunto de iniciativas e de medidas da sociedade e de governo para que promovam aquele que é o fim maior do desenvolvimento econômico, que é a ampliação da renda das famílias, a geração de empregos, o crescimento e, num país como o nosso, um claro objetivo de redução da pobreza e da desigualdade", ressaltou.

A política econômica, segundo Palocci, se reflete no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). O ministro lembrou que nos dois primeiros trimestres do ano passado foi verificada uma redução do PIB, já que aquele foi o período de ajuste mais forte da política monetária. Palocci afirmou, entretanto, que ainda em 2003 o PIB se recuperou e o Brasil já acumula cinco trimestres seguidos de crescimento do indicador. Nos últimos 12 meses, o PIB cresceu cerca de 5,5%.

"Já estamos no sexto trimestre continuando com indicadores de crescimento, o que se reflete no aumento da produção, do emprego, da renda dos trabalhadores e das empresas brasileiras", disse o ministro.

Outro reflexo do crescimento econômico, segundo o ministro, é a geração de empregos. Palocci citou dados do IBGE que apontam o aumento das taxas de emprego nas seis maiores regiões metropolitanas do Brasil e a redução do desemprego nas mesmas localidades.

Segundo Palocci, os dados demonstram que há uma mudança de comportamento do investimento no Brasil, com a valorização das regiões do interior do país, onde a taxa de emprego tem evolução mais acentuada. "Isso é mudança estrutural, que se deve à evolução do agronegócio, da agricultura familiar, do financiamento adequado a esses setores e do sucesso de produtividade que esses setores estão tendo no Brasil, além de áreas de desenvolvimento de infra-estrutura ou de produção de insumos para indústria, que geralmente são no interior", afirmou.



Agência Brasil

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