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Palocci descarta "pacotes emergenciais"

Agência Brasil - 09 de agosto de 2003 - 09:00

Depois do governo ter anunciado a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e do Banco Central ter diminuído o depósito compulsório dos bancos de 60% para 45%, a equipe econômica e representantes do setor privado estudam agora novas medidas para estimular a economia no curto prazo. Palocci, no entanto, descarta "pacotes emergenciais".
Em dez dias, o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, pretende finalizar juntamente com representantes da Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban) mais um estudo para incrementar o crédito no país. É o novo sistema de crédito com desconto em folha, que vai possibilitar ao trabalhador e aos correntistas de baixa renda conseguir crédito a juros menores diretamente no contra-cheque, sem burocracias. "Estamos reforçando a pauta de disponibilidade de crédito. Já anunciamos medidas para agricultura e micro-crédito e queremos estimular mais o crescimento", disse Palocci. Citou, inclusive, a Lei de Falências, que está sendo votada no Congresso Nacional e deve melhorar a forma como as empresas "fecham as portas" em caso de insuficiência de recursos.
Segundo ele, outras medidas devem trazer também mais estímulo para setores, como o de telefonia. Palocci descartou ainda que a economia esteja em um quadro generalizado de queda, e reforçou que as políticas adotadas até então vão trazer o crescimento do país.
Uma das melhoras, apontadas pelo governo, constam de uma análise divulgada ontem pelo Tesouro Nacional. De acordo com nota divulgada à imprensa, as políticas adotadas pelo governo Lula estão melhorando em relação às projeções de 2002. Mesmo com a recessão que tomou conta do país no ano passado, o Ministério da Fazenda comunicou em nota que a dívida pública federal deixou de aumentar R$ 94 bilhões no primeiro semestre deste ano, em relação às projeções de 2002. "O Brasil ficou mais rico. Os ativos do país estão se valorizando", disse o Secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy.
Segundo ele, a política adota pelo governo já está impactando positivamente na dívida pública. "Houve uma forte redução no deságio sobre a Dívida Pública em relação a 2002 e o passivo do governo diminuiu com o fortalecimento da moeda nacional", segundo o Tesouro.
Segundo a avaliação, a melhora dos indicadores resultou em ganhos de aproximadamente R$ 36 bilhões na Dívida Pública Mobiliária Federal (em títulos) e R$ 88 bilhões incluindo a dívida externa. Os dados incluem ainda o resultado indireto dos swaps cambiais sobre as contas do Governo Central. "A gente espera chegar ao final do ano com uma relação dívida/PIB mais estável", completou Levy.(Gustavo Bernardes)

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