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Palocci defende investigação de todas as denúncias

Edla Lula e Marcos Chagas/ABr - 17 de novembro de 2005 - 07:17

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, encerrou na madrugada de hoje o seu depoimento na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Ele chegou às 15h30 de ontem (16) e se declarou disposto a responder às acusações veiculadas pela imprensa a respeito de irregularidades na prefeitura de Ribeirão Preto, na época em que foi prefeito, e no período da campanha presidencial. Mas em mais de nove horas de depoimento, os senadores cumpriram o trato acordado pela manhã de só fazerem perguntas relacionadas a temas econômicos.

Muitos, como o líder do PSDB, senador Arthur Vigílio (AM), elogiaram a política econômica. Outros pleitearam verbas para seus estados. A maioria questionou a alta taxa básica de juros e a política fiscal. O ministro também foi indagado sobre o ajuste fiscal de longo prazo.

Em sua última intervenção, Palocci respondeu ao senador Pedro Simon (PMDB-RS), sobre as denúncias envolvendo o PT e o governo federal. Disse também estar "triste", mas ressalvou que "essa questão não deve nos desanimar". Se erros foram cometidos, acrescentou, "estou aqui para fazer a minha parte".

Quanto às investigações, afirmou que "os agentes públicos têm um sacrifício a dar e tentarei dar as respostas da forma mais serena possível". Neste sentido, apelou aos partidos de oposição para que "investiguem tudo, mas também com serenidade".

Palocci reafirmou durante o depoimento a manutenção da política fiscal, que para este ano estabelece um superávit primário (a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida) de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB). Disse ser a favor da redução na taxa básica de juros, hoje em 19% ao ano, mas ressalvou que é preciso "criar as condições ideais para uma redução mais acelerada".

O ministro defendeu o corte nos gastos públicos como caminho para reduzir a carga tributária e abrir caminho para redução dos juros. "Se for mantida a tendência dos últimos dez anos, as despesas correntes da União tendem a continuar crescendo como proporção do PIB, exigindo uma elevação da carga tributária para manter as contas fiscais sob controle", alertou o ministro, ao apresentar estudo elaborado pela equipe econômica. O estudo revela que as despesas correntes (folha de pessoal, por exemplo) passaram de 14,44% do PIB de 1996 para 17,21% do PIB em 2004. Uma politica de contenção do crescimengo dessas despesas, disse Palocci, "abriria espaço para elevar os investimentos públicos, reduzir a carga tributária e ampliar a poupança pública".

Palocci ressaltou ainda que houve avanços na área social. Segundo o mesmo estudo da equipe econômica, considerando inflação média de 30,5% entre 2002 e 2005, o Plano Safra cresceu 275%. No mesmo período, as transferências de renda cresceram 170%, beneficiando neste ano 8,7 milhões de famílias. Na área da saúde o crescimento foi de 49,8% e na de segurança, de 69,9%. Ele citou também o aumento de 47% nas transferências para estados e municípios.



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