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País perdeu 28 milhões de toneladas de grãos de 96-2000

Cristiane Ribeiro/ABr - 15 de março de 2005 - 11:02

Entre 1996 e 2000 o Brasil deixou de colher cerca de 28 milhões de toneladas de grãos, apenas por conta das perdas ocorridas entre o plantio e a pré-colheita nas culturas de arroz, feijão, milho, soja e trigo. A maior perda ocorreu em 2000, quando se deixou de colher 6,6 milhões de toneladas. Naquele ano, o milho foi a cultura mais prejudicada, com perdas da ordem de 4,1 milhões de toneladas.

Os dados são de um estudo inédito divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): Indicadores Agropecuários 1996-2003. O estudo analisou e quantificou as perdas dos principais grãos da agricultura brasileira e reúne uma série de informações estatísticas de agricultura, produzidas pelo IBGE e por vários outros organismos.

De acordo com o levantamento, por exemplo, se as perdas da primeira fase são resultantes de fatores mais incontroláveis, como clima e doenças, as perdas durante a colheita são conseqüência de erros sistemáticos de regulagem de máquinas ou de limitações próprias da colheita manual, que se repetem a cada safra. O mesmo ocorre na fase de pós-colheita, quando as perdas são causadas por armazenamento incorreto, o que reduz a quantidade e a qualidade dos produtos estocados.

Também a escolha do tipo de transporte tem contribuído para aumentar o desperdício. No Brasil, cerca de 67% das cargas são transportadas por via rodoviária e, segundo a Confederação Nacional de Agricultura, o prejuízo com o derrame de grãos durante o transporte rodoviário chega a R$ 2,7 bilhões a cada safra.

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