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País bate recorde na exportação de carne

Famasul Notícias - 15 de agosto de 2005 - 15:19

O Brasil caminha para bater novo recorde em exportação de carne bovina e superar a barreira das 2,5 milhões de toneladas em 2005, com faturamento superior a US$ 3 bilhões. A julgar pelo desempenho no primeiro semestre, é perfeitamente possível atingir essa meta. De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), somente em junho o País faturou US$ 295,8 milhões com a comercialização 211,3 mil toneladas de carne in natura, 33% superior ao mesmo mês de 2004. No acumulado entre janeiro e junho, as vendas externas de carne bovina já atingiram US$ 1,424 bilhão, com 1,06 milhão de toneladas exportadas. O crescimento em relação ao primeiro semestre do ano passado também é expressivo: 30%.

O crescimento das exportações de carne bovina está diretamente ligado ao espetacular trabalho realizado pelos pecuaristas brasileiros, que investem cada vez mais em genética de qualidade superior – melhorando a produtividade ano após ano. Há uma década, os bovinos chegavam aos 520 kg, peso médio ideal para o abate, ao redor dos 36 e 40 meses de idade. Hoje, atingir esse peso aos 24 meses é regra entre os projetos pecuários profissionais. Graças ao desenvolvimento contínuo das técnicas de melhoramento genético é possível encurtar o ciclo reprodutivo dos animais e aumentar a produção. Esse investimento contribui com a oferta de carne bovina de qualidade no mercado, ideal para atender às exigências do mercado.


No total, o comércio mundial de carne bovina movimenta cerca de 7,5 milhões de toneladas/ano. O Brasil já detém cerca de 20% desse total. E a tendência é de crescimento, já que hoje não participamos de mercados importantes, como Estados Unidos, Japão, Canadá, México e Coréia do Sul. A esperada abertura desses países em breve e a crescente demanda por carne de qualidade e, portanto, de preço superior, levam os frigoríficos brasileiros a premiar os pecuaristas que oferecem animais jovens, pesados, com boa musculatura e elevado rendimento da carcaça.



Em outras palavras: os produtores que desejam obter melhor remuneração durante a comercialização do produto, devem investir em genética de qualidade para produzir animais precoces, com excelentes características de maciez, sabor e suculência. Para isso é necessário investir em animais avaliados e capacitados a gerar bezerros com este perfil produtivo. E não é necessário aumentar o investimento para consegui-lo. Existem opções disponíveis no mercado economicamente viáveis, com pressão de seleção para ganho de peso 100% a pasto e avaliações em dia. Porém, deve-se produzir de acordo com a nossa realidade, ou seja, buscar melhor relação custo/benefício para agregar qualidade sem mexer no orçamento. Animais de genética comprovada e certificada – como os projetos aprovados pelo Ministério da Agricultura com a chancela do Ceip (Certificado Especial de Identificação e Produção) – são capazes de viabilizar a produção precoce e de qualidade, alimentando-se exclusivamente de pasto, mesmo no período mais crítico do ano.

Se investirmos em genética, levando em consideração outros aspectos para proporcionar o adequado desempenho dos animais como nutrição e sanidade, aumentaremos a oferta de carne de qualidade no mercado, fator que vai despertar interesse de outros países e “quebrar barreiras” comerciais.

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