O primeiro-vice presidente do Senado, Paulo Paim (PT-RS), propôs hoje uma “cruzada nacional” em defesa do salário mínimo. Para Paulo Paim, o Dia do Trabalhador, a ser comemorado amanhã, será uma oportunidade para o movimento sindical protestar contra o aumento do salário mínimo de R$ 240 para R$ 260, a queda na renda do trabalhador e os índices de desemprego. “É um quadro muito preocupante. Espero que o barulho das mobilizações em cada estado sejam ouvidos aqui em Brasília, não só pelo Congresso mas pelo Executivo”, disse o senador, durante videoconferência sobre a situação dos trabalhadores, transmitida para 26 assembléias legislativas.

Paim reafirmou que vai elaborar um projeto substitutivo à medida provisória do governo propondo um reajuste maior que os R$ 260,00 anunciados ontem. O senador voltou a defender a criação de uma comissão mista no Congresso Nacional para buscar fontes alternativas de renda que possibilitem atingir um salário mínimo de pelo menos R$ 300.

Ontem, porém, o líder do governo no Senado, Aloízio Mercadante (PT-SP), já havia dito que não há espaço para esse tipo de proposta, “a não ser que se cortem receitas essenciais (saúde e educação)”.