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Geral

Pai... Por que me abandonaste?

Por Fernando Loch - 05 de agosto de 2014 - 07:00

Este lamento desamparado de Jesus na cruz muitas vezes ecoa em nosso coração e sentimos a distância que nos trouxe para longe de nós mesmos. Chega um ponto em nossa vida que deixamos para trás a pegada que nos conduzia e assistimos um par solitário nos guiando a nós mesmos. Teria mesmo nosso Pai nos deixado para trás?

Crescemos vendo Papai como um herói moderno, alguém com superpoderes e que sabe de tudo. Acreditar cegamente não é nem uma opção, pois está muito claro que é ele quem pode nos salvar ou oferecer o que é o melhor para nós. Perceber que isso não seja necessariamente uma verdade nos faz descrer de toda a fantasia, interrompendo o fluxo natural de passagem de experiências, de crescimento comum.

Nosso pai não nos deixa... Deixamos, nós, papai para trás!

Recriar em nós um conjunto de virtudes, conhecimento e verdades pode às vezes ser mais difícil do que parece e a perda da referência correta acaba por frustrar ainda mais nossa Imagem Perfeita de um Grande Herói, deixando-o, pior, ao lado dos vilões.

O tempo de sarar essas feridas é o tempo exato de tornarmo-nos, nós mesmos, os pais de alguém e perceber que estamos agora reproduzindo os mesmos dilemas e vivendo as mesmas incertezas que nos perturbaram a paz, só que do outro lado.

Se não conhecemos o caminho das pedras e não temos a resposta pronta para dar aos nossos filhos, porque deveríamos ter cobrado de nosso pai? Porque afinal, ainda nos cobramos por não dá-la aos nossos filhos?

Quando trazemos o pai do passado para o presente e o vemos sentado à nossa frente, pode ser uma boa hora de pedir perdão e agradecer pelo dom da vida que nos ofertou sem cobrar. Como deve ser verdade que o fez com tudo que nos deu.

Todo carinho, bronca, palmadas e abraços. Cada lição não aprendida e cada gesto mal interpretado. Nosso pai não estava lá para nos fazer sofrer, mas para que não sofrêssemos por outro caminho.
Que esse dia dos Pais seja também o dia dos filhos, e que possamos todos nos abraçar com alegria, percebendo que as pegadas solitárias nem eram as nossas, mas de nosso pai nos trazendo nas costas para que pudéssemos enxergar mais longe.

Muito Obrigado Papai, Muito obrigado por Ser Quem És e com isso fazer de mim quem EU SOU!

• Fernando Loch - Arquiteto com MBA em Gerenciamento de Projetos, realiza palestras/aulas nos Ciclos de Estudos da Prosperidade promovidos pela Seicho-No-Ie do Brasil, por todo o país.

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