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Padre Maurilio opina sobre a situação atual do Brasil

"Acredito em um Brasil novo através de ações e atitudes de um povo organizado", diz o padre Maurílio

Pe.Antônio Maurílio de Freitas* - 23 de junho de 2013 - 09:26

Pe.Antônio Maurílio de Freitas
Pe.Antônio Maurílio de Freitas

Quando votamos em algum candidato ou nos candidatos, confiamos em alguém, estamos no uso de nossa cidadania. O povo brasileiro ama seu país e quer vê-lo melhor e destemido quanto aos seus direitos e deveres.

O voto é a maior arma que temos, um direito de apontar quem é capaz de exercer a verdadeira “Política”, isto chama-se “democracia”, conquistada em nosso país com muita luta. Jamais o povo abrirá mão desta luta, direito moral de cobrar melhorias, vai para as ruas de uma forma passível e mostra sua força, imoral são os baderneiros e saqueadores, aproveitadores da situação. A força nacional e estadual devem sempre entrar em ação.


Os cara-pintadas foram ás ruas há 20 anos atrás. O sonho de um Brasil novo prometido por Fernando Collor de Mello demonstrou somente falcatruas. As manifestações conseguiram mudar o rumo do Brasil que naufragava.

Se não fosse a bravura do povo brasileiro naquela época estaríamos sofrendo muito mais hoje. Somente atitudes de um passado são lições de vida no presente e no futuro. Colhemos hoje o colorido de uma juventude organizada que foi apoiada pelos pais daquela época. No momento atual estamos tendo a alegria de ver pais levando até as criancinhas às manifestações. A voz das crianças e do povo brasileiro se tornam por unanimidade a voz profética de Deus que não esquece o seu povo.


O país está preocupado com a Copa do Mundo no próximo ano, mas não se preocupa com os problemas internos referentes ao transporte, à educação, à saúde, à moradia e etc. O movimento passe livre foi o primeiro a ir às ruas por causa dos aumentos das tarifas dos ônibus. A presidenta sancionou uma lei logo no inicio do ano na qual foi aprovada pela Câmara a isenção de transportes públicos de 8% nos impostos, não foi repassado ao consumidor reduzindo os preços das passagens, ao contrário só subiram. O cantor Cazuza denunciou nos anos 80: “Que país é este?” Isso é justo?


Que pais é este em que a maioria do povo não pode assistir a um jogo da seleção em um estádio construído com o dinheiro do próprio povo? Um ingresso no estádio nacional Mané Garricha em Brasília foi o valor, o mínimo 500,00. Estádios que foram construídos com gastos muito além e acima do que se esperava com o dinheiro. A presidenta deve saber muito bem onde foi aplicado este dinheiro público.


Com os movimentos populares o Brasil caminha a passos largos revindicando melhorias na educação, na segurança, na saúde, na questão da moradia. Precisamos de muito mais coisas. Na verdade estamos fazendo festas para estrangeiros.


Semana passada li um artigo de um conterrâneo meu, mineiro, Mauro Bonfim da minha ex-paróquia em Tarumirim MG, dizendo que a nossa presidenta concedeu perdão de dívidas a alguns países africanos e ao país de Cuba se eu não estiver enganado, mas concedeu. Saiu do bolso dos brasileiros é claro. Segundo Mauro Bonfim ela não enfrenta as salas de espera do aeroporto em Confins, muito menos saboreia o pão de queijo que por sinal é muito gostoso, é caríssimo também.


Nós acreditamos nas mudanças neste país. O povo exerce seus direitos cobrando com categoria, sem vandalismos. Na verdade existem pessoas que se infiltram nas manifestações destruindo o patrimônio público e privado, roubando, quebrando sinais de trânsito. Nem os palácios de Brasília passaram ilesos, até as viaturas da Rede Record e do SBT sofreram depredações. Quem pratica atos como estes são bandidos, deveriam estar atrás das grades. São pessoas idiotas, mal resolvidas em todos os sentidos, não temem a Deus e muito menos com a vida do próximo e aquilo que é do próximo, não pensam no futuro do Brasil e de seus próprios filhos. Esperança de viver em um País melhor se torna “UTOPIA”.

O Brasil precisa de muitas mudanças. Uma séria reforma política, cultural e moral. A copa do mundo é bem vinda. Estamos no país do futebol. Mas o brasileiro na época da Copa do Mundo esquece de seus próprios afazeres.

Perde a própria cabeça. No atual momento o brasileiro esqueceu um pouco essa paixão louca pelo futebol e se posicionou, de forma sensata, pacífica e justa, nas ruas e avenidas de nossas cidades. Até nossa querida cidade de Cassilândia, Mato Grosso do Sul, demonstrou seu patriotismo indo às ruas, protestou de uma forma equilibrada e maravilhosa. Aqui das dependências da Paróquia São José votamos contra PEC 37. Ela é simplesmente absurda! Procure saber o que é a PEC 37. Este é o meu povo! Estou feliz e orgulhoso em ser pároco aqui. Parabéns povo Cassilandense.


Acreditamos em um Brasil novo através da ação e atitudes de um povo organizado. Sendo democrático e lutando pela verdadeira democracia que é a verdadeira “Política” colocada em evidência, sinônimo de ordem, progresso e bem comum. Pensem nisto com atenção.

Pe.Antônio Maurílio de Freitas – Pároco de Cassilândia – MS.

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