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Geral

Pacote agricola é discutido em audiência pública

31 de maio de 2006 - 15:49

Os ministros da Agricultura, Roberto Rodrigues, e da Fazenda, Guido Mantega, participam nesta quarta-feira (31/05), de uma audiência pública, na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados. O objetivo do encontro é debater a situação da agricultura e pecuária no Brasil.



A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) esta representada na audiência pelos presidentes das Comissões de Cereais, Fibras e Oleaginosas, Crédito Rural e Gestão da Crise, Macel Caixeta, Carlos Rivaci Sperotto e Homero Alves Pereira. O presidente da Famasul, Leôncio de Souza Brito Filho também acompanha a audiência.



Logo na abertura do evento o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, reconheceu, que o “pacote” agrícola anunciado pelo governo na semana passada não solucionará todos os problemas que o setor rural atravessa. “É uma crise sem precedentes na história”, disse.



Rodrigues afirmou que, dada a dimensão das dificuldades, a questão não será solucionada com medidas de curto prazo. Salientou, no entanto, que o governo deu especial atenção à questão do endividamento dos produtores e que o Ministério da Agricultura continua estudando a adoção de medidas complementares.



Na avaliação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, as principais causas para a crise que o setor rural brasileiro atravessa é uma conjugação perversa de problemas – seca, queda do preço das commodities e valorização do real nos últimos anos. Apesar da precisão do diagnóstico, o ministro não disse o que os produtores presentes esperavam ouvir: as soluções que o governo ainda tem a oferecer para solucionar a questão, uma vez que as medidas adotadas até agora, na avaliação do próprio ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, não são suficientes. Limitou-se apenas a destacar a importância que a atividade tem para a economia do País, seja na geração de emprego, no ingresso de moeda estrangeira via exportação e na redução do valor da cesta básica.



“Será que o celeiro do mundo vai ter que importar alimentos, porque nosso governo não tem condições de tomar medidas com a crise sem precedentes? Se a crise é sem precedentes, é preciso tomar medidas à altura”. A afirmação foi feita pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Homero Pereira que acrescentou: “Porque o governo não desonera os insumos agrícolas, a Cide, o preço do diesel? Os produtores estão angustiados, escutando o ministro [da Agricultura, Roberto Rodrigues] dizer que nos deu um alívio. Não, senhor ministro. O senhor não nos deu alívio algum.



Homero Pereira disse que o produtor não quer “empurrar as dívidas com a barriga”, mas reivindica uma solução estruturada. Segundo ele, a imagem do setor está desgastada. “A sociedade pensa que nós recebemos do governo R$ 60 bilhões, mas na verdade, muitos de nós, por falta de rentabilidade, não podem obter novo créditos”, salientou.




Autor: Decom Famasul - Com informações da Agencia CNA

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