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Pacientes pretendem ir à Justiça para garantir ‘pílula do câncer

EPharma Notícias - 08 de abril de 2016 - 16:30

Pacientes em tratamento de câncer pretendem recorrer da decisão do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, que autorizou a USP a interromper o fornecimento da substância química fosfoetanolamina sintética após acabar seu estoque. A notícia pegou os pacientes de surpresa. Na petição de suspensão de tutela antecipada, a Universidade de São Paulo argumentou que a liberação da substância coloca em risco a saúde de pacientes.

Cárita Almeida, advogada de dezenas de pacientes de estados como Rio Grande do Sul, Tocantins e Roraima, recebeu ligações e mensagens de dezenas de clientes nesta quarta-feira, que buscavam a confirmação da notícia. - Eles ligam e perguntam: "é verdade"? - diz.

Cárita informou que vai recorrer da decisão, para garantir a continuidade do recebimento das pílulas no caso de pacientes que obtiveram liminares.

- O recurso vai ser para forçar o governo do estado ao cumprimento das liminares dos processos em andamento, através dos laboratórios da Furp e de Cravinhos. Tem muito paciente esperando - explica a advogada.

- Estamos muito contrariados. Comecei a tomar as cápsulas, mas não fiz de forma contínua porque as remessas vieram em setembro e depois no fim de novembro. O que queremos é mais uma esperança, o direito de tentar - conta Luciene Lopes Morum, 51 anos, de Brasília, em tratamento de um tumor de ovário. Ela descobriu a doença há seis anos e faz também o tratamento convencional. Em setembro, recebeu 120 cápsulas de fosfoetanolamina. Em novembro, em outra remessa, conseguiu mais 90 cápsulas. Desde então, nunca mais obteve as cápsulas.

- A gente dá uma desanimada, mas vou continuar acompanhando - fala Luciene.

Procurada, a USP não quis se manifestar. A universidade também não informou quanto da substância ainda tem em estoque.

A decisão foi dada no julgamento de ação proposta pela Universidade de São Paulo (USP). A fosfoetanolamina foi distribuída por mais de duas décadas, informalmente, por pesquisadores da USP.

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