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Paciente deve atentar à tarja nos medicamentos

EPharma Notícias - 07 de agosto de 2016 - 13:09

Cerca de 15% da população faz uso de algum medicamento, em qualquer dado momento, seja para tratar manifestações agudas, seja para tratamentos de longo termo e mesmo para doenças que exijam uso continuado e indefinido.

O recurso clínico representado pela opção de tratamento terapêutico avançou exponencialmente a partir da metade do século passado. Hoje são milhares de substâncias ativas – chamados: Princípios Ativos – disponíveis para o tratamento de quase a totalidade das condições clínicas conhecidas, desde uma simples micose às distintas manifestações do câncer.

O consumo de medicamentos tem uma distribuição desigual segundo as faixas etárias. Crianças (até 4 anos) e idosos (acima de 60 anos) compreendem o contingente de maior consumo per capita e estas faixas etárias são as mais vulneráveis aos riscos impostos por medicamentos, mesmo quando tomados de maneira correta e sob orientação profissional.

Estima-se que cerca de 30% das consultas médicas terminem com uma prescrição medicamentosa. A par dos registros de sucesso terapêutico, o uso de substâncias ativas, testadas e aprovadas, tem e envolve riscos e de tal forma que já se encontra em desenvolvimento metodologias que permitirão, em futuro próximo, a formulação personalizada das terapias medicamentosas.

Em consequência destas circunstâncias, a dispensação de medicamentos segue, no Brasil à semelhança de outros países, rígidas regras estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que tem por objetivo proteger e orientar o consumidor sobre esses produtos. O inadequado uso de remédios pode trazer grandes riscos para a saúde das pessoas.

Desde a década de 90, está regulamentada a exigência de classificação de medicamentos segundo seu grau de risco, por meio a introdução da tarja na embalagem do produto segundo seu grupo de ação e risco.

Tarja vermelha sem retenção da receita
Identifica os medicamentos vendidos mediante a apresentação da receita, que não fica retida na farmácia. Esses medicamentos têm contraindicações e podem provocar efeitos colaterais graves. Na tarja vermelha está impressa a mensagem "venda sob prescrição médica".

Tarja vermelha com retenção da receita
Identifica os medicamentos que necessitam de retenção da receita, conhecidos como medicamentos psicotrópicos. Por isso, na tarja vermelha está impresso "venda sob prescrição médica - só pode ser vendido com retenção de receita". Só podem ser vendidos com receituário especial de cor branca.

Tarja preta
Identifica os medicamentos que exercem ação sedativa ou que ativam o sistema nervoso central e que, portanto, também fazem parte dos chamados psicotrópicos. Por isso, a tarja preta vem com a inscrição "venda sob prescrição médica – o abuso deste medicamento pode causar dependência". Tais medicamentos apenas podem ser vendidos com receituário especial de cor azul.

Tarja amarela
Identifica os medicamentos genéricos e deve conter a inscrição "Medicamento Genérico", na cor azul.

Não tarjados
Os não tarjados ou Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) apresentam poucos efeitos colaterais ou contraindicações, desde que usados corretamente e sem abusos, por isso podem ser dispensados sem a prescrição médica. Os MIPs são utilizados para o tratamento de sintomas ou males menores (resfriados, azia, má digestão, dor de dente, entre outros.).

Dr. Pedro Oliveira, diretor médico da ePharma, empresa líder no mercado de assistência de benefícios farmacêuticos, diz que a adoção da tarja é um importante indicativo para o consumidor, serve de alerta para o uso indiscriminado dos remédios e busca restringir a automedicação, prática ainda presente em nossa cultura. “Todo medicamento, mesmo aqueles sem tarja, deve seguir orientação médica”, alerta o diretor da ePharma.

Quando seu médico, ou dentista, lhe entregar uma prescrição, busque obter o maior número de informações sobre o modo de usar, as contraindicações e as possíveis interações que possam provocar algum efeito adverso.

Não confie na interpretação leiga a partir da leitura da bula porque ela contém terminologia técnica e linguagem especializada ainda que destinada ao público leigo.

Neste sentido, a orientação farmacêutica é tão importante quanto a prescrição médica. Este profissional pode ainda, por exemplo, se responsabilizar pela intercambialidade – a substituição de um medicamento de marca por seu análogo genérico.

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