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Oscar:Emoção foi critério para escolher filme brasileiro

Alana Gandra/ABr - 16 de setembro de 2008 - 18:58

Rio de Janeiro - Membro da Comissão de Seleção do Ministério da Cultura que indicou o filme Última Parada 174, de Bruno Barreto, para concorrer à vaga de Melhor Filme de Língua Estrangeira no Oscar 2009, o cineasta Paulo Sérgio Almeida está otimista em relação à possibilidade de o Brasil novamente disputar o troféu, depois de cinco indicações em 46 anos de premiação.

Almeida revelou hoje (16) à Agência Brasil que o principal critério da Comissão de Seleção do Minc este ano foi a emoção. Nas edições anteriores, a comissão costumava escolher um filme que tivesse o perfil do Oscar, “Nós mudamos essa perspectiva porque não sabemos que perfil do Oscar é esse. Nós escolhemos o filme que, a nosso ver, premiasse o melhor filme brasileiro. E A Última Parada 174 foi o filme que mais nos emocionou”, disse o cineasta.

Ele esclareceu, contudo, que a escolha não foi uma unanimidade. Apesar disso, o julgamento acabou referendado por todos os membros da comissão. Segundo Paulo Sérgio Almeida, o grande mérito do filme de Bruno Barreto é contar a história de Sandro do Nascimento, um jovem de rua, “personagem emblemático do Rio de Janeiro, de uma maneira emocionante”.

Ao contrário do documentário Ônibus 174, de José Padilha, de 2002, que narra o seqüestro de um ônibus em plena zona sul do Rio de Janeiro, transmitido ao vivo pelas televisões durante quatro horas, em junho de 2000, o filme de Barreto narra a história de uma pessoa pobre e de como o destino contribuiu para que acontecesse aquela história dramática, que resultou na morte do seqüestrador Sandro e de uma passageira, a professora Geisa Firmo Gonçalves, disse Almeida.

Ele acha que há chances para o Brasil no Oscar 2009, embora a concorrência seja grande. Cerca de 60 países estão apresentando candidatos à vaga de melhor filme estrangeiro. “Cada ano é mais difícil. É uma loteria, mas vamos tentar. Seria ótimo que o Brasil ganhasse o Oscar. Como seria ótimo se o Brasil ganhasse o Prêmio Nobel ou o futebol ganhasse as Olimpíadas”, avaliou.

Para o cineasta, cujo sétimo longa intitulado Inesquecível foi lançado em 2007, baseado em conto do uruguaio Horácio Quiroga, o cinema brasileiro da retomada “é vigoroso, é democrático e revelou vários novos diretores”. Ele destacou Walter Salles, Carla Camuratti e Fernando Moraes, entre os novos diretores de talento internacional surgidos a partir da retomada do cinema brasileiro. Comentou que o cinema nacional está à procura do seu público. “É um cinema que busca uma fatia do mercado que seja significativa”. Afirmou que se trata de um cinema que já consolidou uma imagem junto ao público. “As últimas pesquisas mostram que 65% das pessoas aprovam o cinema brasileiro como ótimo ou bom."




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