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Operação prende em MS traficantes que enviavam cocaína para SP

Campo Grande News - 01 de outubro de 2019 - 10:40

Vicente Celestino Requena da Conceição, Edilaine Maria Silva Soares, vulgo “Edi” e Alex Alexandre Rocha. (Foto: Polícia Civil-SP/Divulgação)
Vicente Celestino Requena da Conceição, Edilaine Maria Silva Soares, vulgo “Edi” e Alex Alexandre Rocha. (Foto: Polícia Civil-SP/Divulgação)

Operação da Polícia Civil de Rosana (SP) em conjunto com a Polícia Federal de Dourados, desarticulou nesta segunda-feira (30) uma organização criminosa que traficava cocaína em caminhões a partir de Mato Grosso do Sul para o interior do Estado de São Paulo. Quatro pessoas foram presas em Batayporã, cidade a 311 quilômetros de Campo Grande.

Vicente Celestino Requena da Conceição, apontado como líder da associação criminosa era o proprietário dos veículos em que a droga era traficada. A sua esposa, Edilaine Maria Silva Soares, conhecida como “Edi” e Alex Alexandre Rocha eram responsáveis por embalar e ocultar as drogas nos fundos falsos das cabines dos caminhões. A identidade do quarto preso não foi divulgada.

Eles foram presos em uma residência da Rua Luiz Antônio da Silva, em Batayporã. Mas a organização também recebia as drogas na residência de Vicente em Fátima do Sul. Em seguida, a droga era transportada até Peruíbe, no litoral paulista, onde era entregue ao traficante responsável pela aquisição da cocaína.

Conforme a Polícia Civil paulista, por meio de uma transportada a organização selecionava os fretes cujas rotas eram compatíveis com o destino da droga, ocultava grandes quantidades de cocaína no interior das cabines dos caminhões que seguiam as suas viagens. A droga era transportada com o auxílio de Vicente Celestino, que sempre seguia à frente dos caminhões, informando aos motoristas para que desviassem de eventuais barreiras policiais.

A organização contava ainda com um sofisticado esquema que permitia a ocultação da droga no interior das cabines, impedindo quase por completo a sua localização. Ainda conforme o Jornal da Nova, através da transportadores os motoristas falsificavam as notas fiscais.

Foram realizadas, ao todo, quatro prisões e expedidos 15 mandados de buscas domiciliares. Com a organização criminosa, foram apreendidos cerca de 200 quilos de cocaína, uma arma de fogo e uma caixa de munições de calibre 380. A justiça também determinou o sequestro e o bloqueio de dez veículos e dois imóveis avaliados em aproximadamente R$ 2 milhões, segundo a Polícia Civil.

Vicente se recusou a colaborar com a investigação e afirmou à polícia ser um empresário que apenas exercia atividades lícitas. As investigações ainda apuraram que ele manteve, no passado, vínculos com o narcotraficante Jorge Rafaat Toumani, assassinado pelo crime organizado no ano de 2016. A organização criminosa também teve vínculo com um integrante de outra organização, preso no ano de 2018 durante a Operação Pit Stop, desencadeada pela Polícia Civil de São Paulo.

A operação foi realizada em três estados, com diligências nas cidades de Dourados, Fátima do Sul, Nova Andradina, Batayporã, Naviraí, Maringá (PR), Peruíbe (SP) e Guarulhos (SP). A Polícia Civil indiciou os investigados pelos crimes de tráfico de drogas interestadual, associação para o tráfico interestadual, porte ilegal de arma de fogo, posse ilegal de munição e falsidade ideológica, conforme o portal G1 de Presidente Prudente.

Batizada de Gupta, a operação é uma alusão ao império indiano que descobriu o açúcar cristal, carga que os traficantes ultimamente carregavam. A ação também contou com o apoio da Polícia Civil do Estado de Mato Grosso do Sul, através das delegacias de Nova Andradina e de Fátima do Sul.

Operação prende em MS traficantes que enviavam cocaína para SP

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