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ONU nomeia brasileiro para chefiar comissão

Roberta Lopes/ABr - 01 de julho de 2006 - 13:57

A Organização das Nações Unidas (ONU) nomeou uma comissão especial para investigar a crise do Timor Leste, que começou em 28 de abril com conflitos dentro do exército do país. Até agora, 27 pessoas morreram nos conflitos. A Comissão Independente de Inquérito, chefiada pelo brasileiro Paulo Sergio Pinheiro, vai apurar quem são os responsáveis pelos conflitos e recomendar medidas cabíveis para aqueles que tiverem violado alguma das diretrizes de direitos humanos durante o período.

Os trabalhos da comissão vão começar em julho deste ano e seus membros terão três meses para fazer um relatório com as conclusões das investigações e entregá-lo ao Secretario Geral das Nações Unidas, Kofi Annan. Paulo Sergio Pinheiro é membro da Subcomissão de Promoção e Proteção dos Direitos Humanos da ONU desde 1998. Também fazem parte da comissão especial a sul africana Zelda Holtzman e o inglês Ralph Zacklin.

A comissão foi instalada a pedido do ministro de Relações Exteriores e de Defesa do Timor Leste, José Ramos Horta, que enviou uma carta a Annan para que fosse instalada uma comissão para apurar a responsabilidade nos conflitos ocorridos em abril e maio no país.

A crise na ex-colônia portuguesa foi desencadeada pela demissão de 600 militares do Exército. Em 28 de abril deste ano, eles organizaram uma manifestação sob alegação de discriminação por parte do governo, o que acabou em confronto com a polícia. Desde então, se registrou conflitos freqüentes, com a morte de cerca de 37 pessoas.

Os governos da Austrália, Portugal, Nova Zelândia e Malásia enviaram tropas para ajudar na estabilização do país. O Brasil já participa com representante de uma missão da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Cerca de 150 brasileiros moram no Timor Leste. A maioria trabalha em programas de cooperação, em áreas como cultura, saúde e educação.

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