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ONG diz que negros conseguiram poucas vitórias

Gilberto Evangelista/ABr - 13 de maio de 2004 - 17:18

“Ser negro no Brasil é resistir e enfrentar as danosas conseqüências do racismo. É se capacitar para garantir sua inclusão social e ser respeitado na sociedade brasileira”, afirmou a presidente da Sociedade de Cultura Dombali, Regina dos Santos. Ela entende que os negros conseguiram poucas vitórias desde que a escravidão terminou no Brasil, há 116 anos, quando a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, que libertou os escravos. Regina Santos acredita que a formulação de políticas públicas, que visem o desenvolvimento sócio-econômico e cultural, pode reverter a situação atual do negro no país.

A Dombali trabalha há 14 anos no combate à discriminação racial e para a promoção da cultura negra. A presidente da ONG considera que o Brasil ainda é um país racista, por conta da sua grande história de escravidão e pela forma como as relações sociais se desenvolveram por conta disso. “O Brasil demorou muito a reconhecer o mau que fez à população negra, mas já é o primeiro passo para a mudança”, explica. Regina ressalta ainda, que hoje a discussão em torno de políticas de inclusão social para negros e afro-descendentes são fruto da luta empreendida pelos movimentos raciais organizados.

De acordo com a ministra da Secretaria Especial de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, a data de hoje não é motivo de grandes comemorações para o país. “A abolição da escravidão no Brasil foi um fato histórico importante. No entanto, nós ainda vivemos uma situação de extrema exclusão”, afirma. No tocante a questão de cotas para negros, nas universidades brasileiras, a ministra disse que essa é apenas uma das políticas. E que deve haver várias outras iniciativas para garantir o acesso dos negros à educação em todos os níveis.

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