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OMS diz que fechar fronteiras é ineficaz

Luciana Lima , Agência Brasil - 28 de abril de 2009 - 20:51

Brasília - Impedir a circulação de pessoas entre países, seja por via terrestre ou aérea, é ineficaz para conter a propagação da gripe suína. A afirmação é de Rubén Figueroa, gerente da Unidade Técnica de Vigilância, Prevenção e Controle de Doenças Transmissíveis da Organização Pan Americana da Saúde (Opas). Ele ressaltou que, além da medida não ser eficiente, gera grande prejuízo financeiro e político para os países.

“Não tem sentido, por exemplo, fechar vôos provenientes da Cidade do México e de Nova York se baseando que as pessoas são exatamente desses lugares. Elas podem ter permanecido um ou dois dias em outras cidades. A OMS (Organização Mundial de Saúde) não recomenda essa medida”, disse Figueroa.

A restrição de viagem, de acordo com OMS, é para pessoas que já estão em tratamento devido a outras doenças e, por isso, com uma imunidade menor para resistir aos sintomas da gripe suina.

Para as áreas afetadas, a recomendação da OMS é diagnosticar os casos o mais rápido possível e dar início ao tratamento, impedir que as pessoas afetadas saiam das áreas com o objetivo de evitar a propagação da doença e adotar medidas de “distanciamento social”, ou seja, evitar aglomerações. Essas medidas incluem cancelamento de aulas, eventos em locais fechados, evitar cinemas e estádios.

Figueroa ressaltou ainda que o alerta para a epidemia continua no nível quatro, em uma escala que vai até seis. “Isso significa que a probabilidade de controle da doença nas áreas afetadas é quase nula”, explicou.

Segundo ele, a transmissão está ocorrendo somente entre seres humanos, apesar do nome da doença se referir aos suínos. Ele disse que o vírus da doençasé de uma cepa totalmente nova que surgiu da combinação de vários genes, entre eles dois que eram presentes nos suínos. Por se tratar de um novo tipo, é impossível que o organismo humano tenha defesas.

A OMS também informou que o tratamento com a medicação Tamiflu é eficiente, mas não serve como prevenção. “Não se trata de uma vacina. Essa medicação é eficiente para conter os efeitos da doença se tomada nas primeiras 48 horas após o aparecimento dos sintomas. Depois, perde a eficácia”, disse Figueroa, que também alertou para os riscos da auto-medicação. “Como todo medicamento, há efeitos colaterais.”





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