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Olimpíada de Matemática: maioria é das escolas federais

MEC - 03 de fevereiro de 2009 - 22:17

Dos 100 medalhistas de ensino médio da quarta Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), 74 são alunos da rede federal: de escolas técnicas, colégios militares e colégios de aplicação de universidades federais. “Isso revela que temos um modelo de ensino médio que pode funcionar muito bem”, afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad, durante o anúncio dos resultados da olimpíada nesta terça-feira, 3.

Haddad também chamou a atenção a outro dado significativo: 70% dos alunos da oitava série do ensino fundamental que tiveram as melhores notas na Prova Brasil são medalhistas da Obmep. A informação foi obtida a partir de um cruzamento entre os dois resultados. “As duas provas estão atingindo seus objetivos ao identificar esses jovens talentos, que passam a receber atenção especial do governo federal”, disse.

Três mil alunos de quinta a oitava série (sexto ao nono ano) do ensino fundamental e do ensino médio serão premiados nesta edição da olimpíada, com 300 medalhas de ouro, 900 de prata e 1.800 de bronze. Todos receberão bolsas de iniciação científica júnior, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico (CNPq). A premiação está prevista para março, no Rio de Janeiro.

Nesta edição, participaram da competição 18 milhões de alunos matriculados em 40,3 mil escolas públicas de 5.493 municípios brasileiros. Uma das curiosidades da quarta edição da olimpíada foi o número de tricampeões: 34, frente aos oito da última edição. Entre eles, Ricardo Oliveira da Silva, estudante cearense com deficiência, que se destacou nas competições por ser um exemplo de superação. O rapaz – que tem atrofia e não pode andar – era levado para a escola em um carrinho de mão, porque a família não tinha condições de comprar uma cadeira de rodas.

Outra novidade é o lançamento de um programa de bolsas de iniciação científica e mestrado. A intenção é contemplar alunos que receberam medalhas nas competições anteriores e já cursam a universidade. “São cerca de 700 estudantes nessa situação. A idéia é possibilitar uma formação matemática sólida a esses jovens”, destacou Sérgio Resende, ministro da Ciência e Tecnologia. A bolsa de iniciação científica será dada pelo CNPq e a de mestrado, assim que o aluno se formar, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

A Obmep é promovida pelos ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação, com realização do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). Tem como objetivo incentivar o ensino de matemática e descobrir talentos entre estudantes das escolas públicas dos anos finais do ensino fundamental e de todo o ensino médio.

Letícia Tancredi


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