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Oficiais criticam proposta de correção salarial
O presidente da Associação de Oficiais PM/BM de Mato Grosso do Sul, coronel Iacir Paulo Rodrigues de Azamor, disse que a proposta de correção da tabela salarial dos servidores prejudica o plano de cargos e carreiras dos profissionais. O salário praticamente se transforma em subsídio; ficamos engessados, explicou o dirigente, que representa 12 mil trabalhadores.
O líder do Governo na Assembléia Legislativa, deputado Youssif Domingos (PMDB), informou que o governador André Puccinelli (PMDB) enviará à Casa até sexta-feira (25) seis projetos de lei com as tabelas de reajustes dos trabalhadores, por categorias profissionais.
Ele se reuniu nesta terça-feira (22/04) com o presidente da AL/MS (Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul), deputado Jerson Domingos (PMDB), e o deputado Coronel Ivan (sem partido). Segundo Azanor, a categoria defende a horizontalidade no Sistema Judiciário Criminal, com salários equivalentes às demais funções do Sistema.
O dirigente explicou aos deputados as atribuições dos oficiais e ponderou que a qualificação e o estresse sofrido pelos trabalhadores são constantes e devem ser reconhecidos. Quem vai para a linha de frente diante de uma situação de risco, como no presídio no último fim de semana?, questionou, referindo-se à rebelião no Centro de Triagem Anízio Lima, no Complexo Penitenciário de Campo Grande. Azamor informou também que o índice de suicídio entre os policiais militares é 20 vezes maior do que em outras profissões.
O estresse é constante e o servidor muitas vezes passa fome mesmo, afirmou Coronel Ivan, em relação aos policiais em início de carreira. Muitos acabam pegando inúmeros bicos para complementar a renda e ainda se tornam suscetíveis à atos de corrupção, analisou o parlamentar, que já foi comandante-geral da PM no Estado.
Deputados
O deputado Coronel Ivan reiterou que a categoria quer discutir com o governo a melhor forma de reajuste, que contemple os servidores e garanta o equilíbrio das contas do Executivo Estadual. E ninguém está falando em greve, até porque os oficiais consideram a greve uma insubordinação e uma falta de respeito com a sociedade, disse o deputado.
Os oficiais devem entregar hoje uma contraproposta de reajuste ao procurador-geral do Estado, Rafael Coldibelli.
A mobilização dos oficiais tem por objetivo evitar o que consideram perdas na proposta a ser enviada à Assembléia.
O projeto que trata da revisão linear - estipulada em 3% pelo Governo do Estado - já tramita na Casa de Leis.
(Fabiana Silvestre)