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OAB vai acompanhar situação dos 439 bombeiros presos no Rio

Alana Gandra, Agência Brasil - 05 de junho de 2011 - 11:26

Rio de Janeiro - A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil seção Rio de Janeiro (OAB-RJ) vai acompanhar a situação dos 439 bombeiros presos por determinação do governador do Rio, Sérgio Cabral, após invadirem o quartel central da corporação na última sexta-feira (3). Os manifestantes foram levados ontem (4) para a Corregedoria da Polícia Militar em São Gonçalo e já começaram a ser transferidos para unidades do Corpo de Bombeiros.

O presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, avaliou hoje (5), em entrevista à Agência Brasil, que as reivindicações salariais dos manifestantes são justas e legítimas. “Eles estão com os salários absolutamente aviltados, prestam um bom serviço e são admirados e benquistos pela população”.

Damous discordou, contudo, da forma como os bombeiros quiseram chamar a atenção das autoridades para suas reivindicações. “Isso não justifica a invasão do quartel. Nós achamos que, nesse aspecto, o movimento errou. Isso gera tensão, gera pânico na população. E não é assim que se faz reivindicação, no nosso ponto de vista”.

É de opinião, contudo, que a negativa do governo do estado em negociar com os bombeiros acaba gerando “um quadro de radicalização, que ninguém quer”. Wadih Damous disse ter recebido notícias de que os advogados dos presos tiveram dificuldades em falar com os seus clientes. Representantes da OAB entraram em contato com o comando da Polícia Militar para solucionar o problema.

Ele espera, entretanto, “que as partes desarmem os seus espíritos e sentem para negociar. Que o governo ouça as reivindicações salariais dessa categoria e, da parte dos grevistas, não haja radicalização e, sim, a vontade de negociar”.

Ele disse que a intenção da OAB-RJ não é tomar partido. “O que nós queremos é que as regras da democracia, da Constituição, sejam cumpridas, tanto da parte do governo do estado, como da parte dos bombeiros. Nós não queremos que haja abuso nem de uma parte, nem de outra”, concluiu.

Edição: Fernando Fraga

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