A OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil) conseguiu na Justiça a transferência dos advogados levados para o Presídio Federal de Campo Grande no início desta semana. Eles teriam direito a cela diferenciada no Comando Geral da Polícia Militar.

O local, contudo, não comporta o montante de detidos durante a Operação Xeque-Mate - pelo menos dez advogados. As celas do Comando têm capacidade para no máximo 15 internos, mas já abrigam ao menos nove pessoas, entre policiais militares e advogados. Os três oficiais presos pelos agentes da PF na operação de segunda-feira também estão no local.

O presidente da OAB, Fábio Trad, deve tentar negociar com o comandante Coronel Geraldo Orti uma saída. “A Lei obriga que o advogado preso fique em sala do Estado Maior”, reforçou, emendando que vai tentar uma solução ainda pela manhã com Orti ou a direção da Agepen (Agência Estadual do Sistema Penitenciário).

Na carceragem da Polícia Federal também não há espaço suficiente para os detidos. Ao todo 55 pessoas foram presas em Mato Grosso do Sul, 78 em todo País, a maior parte dos envolvidos está na Capital. O prazo de prisão temporária vence amanhã.